Semana de mobilizações!

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Atrasos começam nesta segunda e prosseguem até sexta, com parada de advertência

Apartir desta segunda-feira, 09, os trabalhadores do Sistema Petrobrás voltam a realizar uma série de mobilizações para que a Petrobrás e suas subsidiárias avancem na negociação salarial. A semana de mobilizações indicada pela FUP começará com atrasos e concentrações em todas as unidades, que culminarão com uma paralisação de advertência de duas horas na sexta-feira, 13. É a hora dos petroleiros responderem de forma contundente às provocações dos gestores da empresa que, em plena campanha salarial, distribuíram R$ 90 milhões em abono aos gerentes, consultores, supervisores e coordenadores, num claro ataque à categoria. 
A Petrobrás até hoje não respondeu a pauta de reivindicações, protocolada pela FUP no dia 12 de julho, assim como também não resolveu pendências do acordo passado, como a proteção das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados e atualização e melhorias na tabela de reembolso do Programa Jovem Universitário. Mas quando querem, os gestores da Petrobrás sabem ser ágeis e oportunos, como fizeram em relação ao vergonhoso abono pago ao seleto grupo de funções gratificadas. Tudo isso, às vésperas da primeira rodada de negociação com a FUP e em meio à luta dos petroleiros por condições seguras de trabalho! 
Vamos, portanto, responder com uma grande mobilização, que começa nesta segunda e prossegue até sexta-feira, 13, cobrando da Petrobrás respeito à categoria e o atendimento da pauta de reivindicações. No dia 16, a FUP e seus sindicatos darão continuidade às mobilizações por segurança, durante atos e manifestações em memórias dos trabalhadores mortos na explosão da Plataforma de Enchova.

Ato dia 16 lembrará 26 anos de Enchova

Em março de 2001, as explosões na P-36 causaram a morte de 11 trabalhadores, tal qual ocorreu recentemente no Golfo do México com a plataforma da BP. Dezessete anos antes, um outro acidente já havia causado a morte de 36 trabalhadores na Bacia de Campos: a explosão da plataforma de Enchova. Considerado o pior desastre da história da Petrobrás, este acidente completa 26 anos no próximo dia 16, quando a FUP e seus sindicatos realizarão atos e protestos em memória de todos os petroleiros mortos em acidentes de trabalho. Nos últimos 15 anos, 283 vidas foram ceifadas para que a produção e o lucro da empresa seguissem em frente. Diversos gestores passaram pela Petrobrás neste período sem que mudanças drásticas fossem tomadas para impedir esta matança de trabalhadores.
Tratados como tragédias, acidentes de grandes proporções, como o da P-36 e o de Enchova, são precedidos por uma série de incidentes e situações de risco que deveriam ter servido de alerta para a Petrobrás. O que vemos no dia-a-dia, no entanto, é justamente o contrário. Os gestores da empresa, além de permitirem absurdos, como plataformas operando em péssimas condições de segurança, ainda são premiados com polpudas bonificações.  Por isso, não podemos jamais permitir que os trabalhadores mortos em acidentes na empresa sejam esquecidos. A FUP e seus sindicatos continuarão na luta, exigindo um basta aos acidentes e condições decentes de trabalho para todos, principalmente, os terceirizados, que são a grande maioria das vítimas da insegurança na Petrobrás.

Insegurança na Petrobrás:Equipamentos da P-33 são embargados

Enquanto a indústria de petróleo é pressionada a priorizar a segurança nas atividades offshore de petróleo em alto mar, em função do acidente provocado pela BP no Golfo do México, a Petrobrás segue no caminho inverso, permitindo que plataformas da Bacia de Campos continuem operando em condições totalmente inseguras. Na quinta-feira, 05, a Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro autuou a empresa e determinou o embargo de equipamentos da P-33, após denúncias do Sindipetro-NF, que cobrou a interrupção da operação da plataforma, em função dos graves riscos constatados na unidade.  Os dirigentes do sindicato, junto com fiscais da SRTE-RJ (antiga DRT) embarcaram no dia 03 para vistoriar a P-33 e a P-31, cujos trabalhadores haviam denunciado as péssimas condições de manutenção e segurança dos equipamentos. 
Os fiscais realizaram autuações na P-33, onde foram constatados um indicador de pressão inoperante, pisos escorregadios, diversas tubulações com reparos provisórios e vasos de pressão sem válvulas de segurança, o que levou à interdição também dos filtros das unidades de compressão de gás da plataforma. A SRTE-RJ recomendou que a Petrobrás embargue a operação da P-33 diante do estado deplorável em que a unidade se encontra. a gerência, no entanto, sustenta que a plataforma tem condições de operação.
O Sindipetro-NF já havia solicitado a interdição da P-33 e da P-31, A arrogância da gerência da Petrobrás reproduz a irresponsabilidade com que a gestão da empresa trata a vida dos trabalhadores, ao permitir que as plataformas operem com linhas de gás e de água cobertas por massa epóxi, guarda-corpos em completo estado de corrosão, portas amarradas com cordas, equipamentos e cargas soltas e se deslocando pelo piso, entre outros absurdos. O sindicato denunciará o péssimo estado das plataformas à Marinha, à ANP e à Comissão de Certificação de Inspeção de Equipamentos (Concer).

Espírito Santo sedia 3ª etapa de debates sobre pré-sal

Depois de São Paulo e Rio de Janeiro, chegou a vez dos capixabas participarem do seminário “Pré-sal e a nova Lei do Petróleo: desafios e possibilidades”.  A terceira etapa do seminário será realizada dia 11 de agosto, em Vitória, no Espírito Santo, e abordará os impactos do pré-sal no desenvolvimento econômico e regional. Como nos eventos anteriores, o debate contará com a participação de trabalhadores, estudantes, movimentos sociais, acadêmicos, especialistas e representantes do poder público. 
Entre os palestrantes convidados para esta terceira etapa do seminário estão o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Felix, o presidente do CREA-ES, Luiz Fiorotti, a geógrafa e pesquisadora Simone Raquel Ferreira, o economista e técnico do Dieese, Henrique Jaguer, e o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes. A jornalista Isabella Lamego, editora de economia do jornal Tribuna do Espírito Santo, será a mediadora dos debates.
O seminário “Pré-sal e a nova Lei do Petróleo: desafios e possibilidades” é realizado pela MGiora Comunicação e pela Petrobrás, com apoio da FUP. O objetivo é ampliar os debates sobre a importância estratégica do pré-sal para a soberania nacional. Participe, inscrevendo-se pela internet(www.mgiora.com.br/petroleodobrasil-es), pelo telefone (11) 3885-0183 ou através do e-mail [email protected]

Petroleiros discutirão a organização nacional dos aposentados e pensionistas

Nos dias 14 e 15 de agosto, a FUP e seus sindicatos realizarão em Salvador o Seminário Nacional dos Aposentados e Pensionistas, que discutirá o papel e a importância destes trabalhadores na organização sindical petroleira. O seminário é uma das deliberações da II Plenária Nacional da FUP, que aconteceu no início de junho, em Brasília. São esperados cerca de 100 participantes, entre delegados, observadores e convidados. Eles discutirão questões que estão na ordem do dia dos aposentados e pensionistas, como AMS e Petros, o relacionamento com as demais entidades de representação, como associações do setor petróleo e a COBAP (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), entre outras formas de organização. 
Os painéis terão as seguintes temáticas: “A importância e o papel das Organizações Nacionais dos Aposentados e Pensionistas”, “A legislação dos planos de saúde suplementar, seus impactos no programa da AMS e a participação dos trabalhadores na sua gestão”, “Experiências do movimento sindical petroleiro e outras categorias na implementação de políticas sociais junto a esse segmento” e “Políticas públicas para os aposentados e pensionistas”. O seminário será realizado no Hotel Sol Barra, em Porto da Barra, Salvador (Av. Sete de Setembro, 3577).