Trabalhadores de P-25 indignados com o descaso das gerências

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O sindicato recebeu dos trabalhadores de P-25 um relato do que aconteceu no período natalino na plataforma. Leia abaixo:

“O NATAL EM P-25
 
O dia 25 de dezembro último, em P-25, amanheceu marcado pela insatisfação da maioria dos empregados Petrobras e contratados, incluindo até mesmo coordenadores e supervisores, que normalmente não tem opinião formada sobre nada.
O motivo dessa insatisfação é a falta de respeito e descaso com que a gerência tratou da “Ceia de Natal”, e mesmo o almoço do Dia de Natal, importante data para os cristãos, onde nos anos anteriores havia uma confraternização entre toda a força de trabalho, com uma ceia na noite de natal e almoço do dia de natal quando são servidos alimentos diversos dos normalmente ofertados pela empresa hoteleira.
Ao longo do dia 25 de dezembro, a indignação da força de trabalho nos corredores da unidade formava eco, eram várias as reclamações, falta de brindes, que num ultimo momento foram lembrados pelo serviço de suprimento da unidade que estavam abandonados no almoxarifado, uma ceia medíocre, com falta de alimento, exatamente faltava de tudo na mesa da ceia, um lanche servido no horário da janta com a desculpa de que a ceia seria servida as 21h00, lanche que nem no pior “hamburgão” da esquina se serve aquilo, e por fim um almoço de natal absolutamente ridículo, sendo completamente deixado marginal o clima natalino, com oferta de alimentos, que em princípio estavam num nível um pouco acima dos pessimamente servidos no refeitório, mas que não demonstrava nenhuma preocupação por parte da gerência, com uma alimentação digna de “Ceia de Natal” e “Almoço de Natal”. 
Ao fim do dia 26 de dez, às 20h00, foi convocada uma assembléia que deliberou sobre o adiantamento da PLR 2009, tal deliberação acabou se tornando um assunto secundário uma vez que a indignação dos trabalhados tomou a cena e se prolongou por duas horas como pauta principal. A palavra chave foi DESCASO, exatamente… o DESCASO com que a gerencia de P-25 teve com o Natal de seus trabalhadores, que confinados, longe de seus familiares, alem de encararem da condição imposta pela necessidade de sobrevivência, tiveram que suportar a indiferença da gerencia que não movimentou uma palha se quer para que os trabalhadores de P-25 tivessem, se sentido, no mínimo, lembrados. Ora,…, é muito fácil olhar para o próprio umbigo e deleitar-se aos prazeres da comemoração natalina com sua família e amigos, enquanto aqueles que lhes asseguram notoriedade perante as demais unidades da companhia são deixados ao “Deus dará”, e a posteriore, nos vem pedir consciência na avaliação do ISE (Índice de Satisfação do Empregado).
Fomos desprezados pela nossa gerencia e não poderíamos deixar vir à público para expor nossa indignação. Sabemos que a relação capital e trabalho nunca, na história, foram amigáveis, mas em alguns momentos e no nosso sonho, esta relação pode ser de dignidade com a presença de um ambiente amistoso.
O episódio descreve, claramente, o quanto a gerencia está preocupada com a ambiência e o quando a gerencia está comprometida com o bem estar dos trabalhadores embarcados.
A nós nos resta lamentar a trágica comemoração natalina presenciada nessa unidade, levantar a cabeça, e continuar lutando por nossa dignidade. Este manifesto nos faz dignos por exigir sermos respeitados pelas pessoas que são responsáveis por tomar as decisões dentro da empresa.
 
“É preciso não ter medo,

É preciso ter coragem de dizer”… Basta! 

Texto dos Trabalhadores de P-25″