Líder do MST foi assassino em 2013, em Campos dos Goytacazes
[Da Brasil de Fato]
A Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A lei é de autoria da deputada estadual Marina do MST (PT) e foi publicada no Diário Oficial do estado na última quinta-feira (9).
A iniciativa acontece desde 2010 na capital carioca, quando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu organizar o primeiro espaço de comercialização a céu aberto na cidade.
Em 2013, após o assassinato do assentado e líder do movimento Cícero Guedes, executado com tiros na cabeça e nas costas numa estrada rural perto do Assentamento Oziel Alves, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, a feira foi rebatizada em sua homenagem.
A estimativa é que a feira movimente cerca de 45 toneladas de alimentos entre in natura e agroindustrializados, todos saudáveis, produzidos pelos agricultores do movimento e livres agrotóxicos.
Para a deputada, o título evidencia a importância da conexão entre o campo e a cidade e celebra a memória e o legado de Cícero Guedes, que foi um dos maiores entusiastas das feiras regionais por acreditar no diálogo permanente com a sociedade.
“O reconhecimento da Feira da Reforma Agrária Cícero Guedes é uma conquista para todas as famílias assentadas e acampadas, para os pequenos agricultores do campo e da cidade, e também para a própria população carioca, que tem a oportunidade de levar para casa alimentos com qualidade e história. É lindo ver esse encontro, que vai além da comida”, afirma a parlamentar.
Em 2015, a Feira da Reforma Agrária foi declarada Patrimônio Imaterial da Cidade, por meio da Lei nº 5999/15, e inserida no calendário oficial do Rio de Janeiro pela Lei nº 1499/2015, sendo realizada no Largo da Carioca, todo o mês de dezembro.