Economista prevê que Petrobrás será a maior empresa do mundo

Partindo de temas sugeridos pela plenária, a partir do assunto geral da mesa de debates, o economista do Dieese Henrique Jäger acaba de fazer no 5º Congrenf uma exposição que passou por questões como leilões dos campos de petróleo, gestão e atuação internacional da Petrobrás, exploração no Pré-Sal e importância dos movimentos sociais.

Jäger apresentou dados que mostram a permanência da importância da indústria do petróleo mesmo com a utilização de outras formas de energia. O setor continua sendo estratégico no jogo do poder internacional e a previsão é a de que a Petrobrás se torne a maior empresa do mundo.

“A Petrobrás investe US$ 100 milhões por dia. Nenhuma empresa faz isso. Atualmente o petróleo é responsável por 50% da energia do mundo. Mesmo quando esta proporção diminuir, o petróleo continuará sendo importante como matéria prima para muitos produtos”, disse.

O economista defendeu uma intensa mobilização da sociedade para garantir que o petróleo brasileiro continue gerando recursos para o País, com uma legislação que defenda os interesses da sociedade. “Há 50 anos tivemos a sorte de ter a sociedade na rua para defender o petróleo e criou-se a Petrobrás. Hoje precisamos da sociedade mobilizada para defender uma nova legislação para o setor”, defendeu.

Com relação à atuação internacional da Petrobrás, Jäger defende que a empresa não repita a mesma postura imperialista da qual o Brasil já foi vítima. Ele lembrou o caso do Equador, onde a empresa explora petróleo em uma floresta.

O economista também defendeu a criação de mecanismos de controle social para a Petrobrás, para evitar que o seu gigantismo a transforme em uma empresa incontrolável, como acontece, de acordo com ele, com a PDVSA, na Venezuela.

(Foto: César Ferreira)