Normando defende fortalecimento da identidade de classe

Recuperar o espaço político e a realização de grandes campanhas e mobilizações, articular a representação institucional com os movimentos sociais e resgatar a identidade de classe são os principais desafios das organizações dos trabalhadores. A avaliação é do advogado Normando Rodrigues (foto), assessor jurídico do Sindipetro-NF e da FUP, que acaba de participar da mesa “Crise financeira mundial e CPI da Petrobrás: impactos na campanha dos petroleiros”.

Para Normando, a crise do capitalismo mundial é intrínseca ao próprio sistema, tendo sido diagnosticado por Marx desde o século XIX. “Nunca o livre mercado assegurou bem estar social”, disse.

Agora, diante de um novo cenário, muitos países ricos estão tendo que rever o discurso neoliberal, admitindo a necessidade de intervenção do Estado na economia. “Da crise para cá, todas as principais economias do planeta estão lidando com interferência do mercado”, afirmou Normando.

O advogado também chamou a atenção para o problema da “fragmentação” das lutas dos movimentos sociais, lembrando que muitas organizações dos trabalhadores e de grupos minoritários se empenham na defesa das suas causas, mas não conseguem ter uma visão das questões mais abrangentes, que estão na raiz das injustiças e da exploração. “No fundo, bancários, petroleiros e sem-terra têm o mesmo problema”, defendeu.

Neste momento faz exposição sobre o mesmo tema o diretor da FUP Marluzio Dantas.

(Foto: César Ferreira)