FUP reúne-se com presidente da Petrobrás Transporte e cobra solução para demandas dos trabalhadores

Da Imprensa da FUP

A FUP reuniu-se nesta terça-feira, 09, com o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o diretor de Terminais e Oleodutos, Cláudio Campos, para cobrar soluções para uma série de demandas dos trabalhadores. A implementação do Plano Petros 2, o vínculo com o Compartilhado da Petrobrás, a terceirização de operadores, a redução do quadro mínimo dos efetivos, a terceirização da fiscalização de contratos e a volta dos placares de acidentes foram algumas das questões pontuadas pela FUP na reunião.

Implementação do Plano Petros 2 – A FUP voltou a cobrar o compromisso assumido pelo presidente da Petrobrás Transporte de implantar para os trabalhadores da subsidiária o Plano Petros 2. Esta pendência já vem se arrastando desde o ano passado e até hoje não foi resolvida, apesar das constantes cobranças da Federação, através, inclusive, de reuniões recentemente feitas com a subsidiária e a Petros. O presidente Sérgio Machado informou que recebeu na semana passada o estudo realizado pela Petros sobre os impactos financeiros para a Petrobrás Transporte da implementação do Plano Petros 2. Como esta questão ainda não foi avaliada pela direção da subsidiária, o presidente solicitou prazo de 15 dias para que a empresa responda à FUP.

Vínculo com o Compartilhado da Petrobrás – A FUP e seus sindicatos têm recebido diversos questionamentos dos trabalhadores sobre a especulação em torno da possibilidade do Compartilhado da Petrobrás deixar de atender à Petrobrás Transporte. A FUP ressaltou sua preocupação com esta possibilidade, pois considera que o Compartilhado representa um elo importantíssimo de ligação dos trabalhadores da subsidiária com a Petrobrás. O presidente Sérgio Machado esclareceu que não há qualquer decisão da direção da subsidiária sobre esta questão e que a empresa defende a primeirização das atividades executadas pelo Compartilhado. A FUP agendará uma reunião com a Petrobrás para cobrar uma posição sobre este fato, cuja repercussão tem sido grande para os trabalhadores.

Operadores terceirizados – Mais uma vez, a FUP cobrou o fim da terceirização dos operadores, fato que vem ocorrendo, principalmente, nos terminais do Nordeste. O presidente da Petrobrás Transporte informou que a empresa vem tomando medidas importantes para primeirizar todas as atividades operacionais e propôs apresentar à FUP em 45 dias um plano de ação, com prazos estabelecidos e propostas para acabar definitivamente com esta situação.

Redução do efetivo mínimo – Na tentativa de diminuir a quantidade de horas extras realizadas pelos trabalhadores, a Petrobrás Transporte tem reduzido o quadro mínimo de efetivo, colocando em risco as unidades e expondo a categoria a condições de trabalho que comprometem sua saúde e segurança. A FUP deixou claro que a redução das horas extras está diretamente associada à recomposição dos efetivos, inclusive do quadro mínimo, e que, portanto, é uma questão de segurança operacional. O presidente Sérgio Machado informou que não há qualquer orientação da direção da empresa para reduzir o quadro mínimo e que irá apurar a denúncia e tomar providências.

Terceirização da fiscalização de contratos – Outra denúncia recorrente feita pela FUP e que até hoje continua ocorrendo na Petrobrás Transporte é a admissão a peso de ouro de petroleiros aposentados para fiscalizar os contratos de prestação de serviço. A FUP cobrou uma solução definitiva da empresa para esta questão, deixando claro que a fiscalização de contratos deve ser feita por trabalhadores próprios. O presidente Sérgio Machado declarou que concorda plenamente com a Federação e que fará um levantamento junto às gerências para identificar e por um fim a esses casos.

Placares de acidentes – A FUP recebeu a denúncia de que a Petrobrás Transporte recolocou em algumas unidades os placares de acidentes, na contramão do que tem defendido para a política de SMS. Além disso, há um termo de ajustamento de conduta assinado com o Ministério Público do Trabalho, onde a subsidiária se compromete a acabar com os placares. Este instrumento de gestão não só induz, como estimula a subnotificação de acidentes, como vem denunciando há anos o movimento sindical. Por isso, a FUP considera um retrocesso absurdo a volta dos placares e cobrou sua retirada imediata das unidades. O presidente Sérgio Machado alegou desconhecer este fato e informou que irá averiguar e tomar as medidas necessárias para acabar com os placares de acidentes nas unidades onde for identificado. 

Imprensa do NF – 10/09/08