Panes em dois motores fazem aeronave perder altitude e cair em bairro de Campos

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Um helicóptero que decolou do aeroporto de Macaé, na manhã de hoje, em direção à sonda de perfuração SS-62, na Bacia de Campos, perdeu os dois motores e caiu em uma área descampada, próximo ao bairro da Penha, em Campos dos Goytacazes. A aeronave, da empresa Atlas Taxi Aéreo, estava com dois tripulantes e nove empregados da Paragon Offshore, que presta serviço à empresa Noble do Brasil, operadora da embarcação que atualmente está sendo desativada, após ter seu contrato encerrado com a Petrobrás. Ninguém se feriu.

Diretores do Sindipetro-NF estiveram com os ocupantes da aeronave, que foram levados para um hotel em Campos. De acordo com os relatos dos trabalhadores, após a decolagem, já voando sobre o mar, um dos motores do helicóptero deixou de funcionar. A tripulação, então, retornou para a costa, mas acabou por perder o outro motor quanto seguia para fazer o pouso no aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos dos Goytacazes.

Embora o caso tenha sido tratado inicialmente pela Petrobrás e pela imprensa local como sendo de “pouso forçado”, o Sindipetro-NF avalia que a gravidade é maior do a que esse termo sugere, tendo havido na realidade uma perda de altitude e finalmente uma queda, que não teve consequencias mais trágicas em razão da habilidade da tripulação.

Imagens enviadas pelos trabalhadores mostram o helicóptero adernado no chão e com o trem de pouso quebrado. Os petroleiros contaram aos sindicalistas que houve um “estrondo enorme”.

“Justamente hoje, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho, temos um caso como esse na Bacia de Campos, que por pouco não se tornou mais uma tragédia. É um aviso dramático de que a luta pela segurança tem que ser diária e todos os trabalhadores têm que ter a consciência de que essa é uma prioridade máxima”, afirma o coordenador geral do Sindipetro-NF, Marcos Breda, que foi um dos diretores do sindicato que tiveram contato com os passageiros do helicóptero.

A SS-62 está fora de operação e fica a 15 minutos da praia do Farol de São Thomé, em área com lâmina d`água com 80 metros de profundidade, e está sendo utilizada como local de armazenamento de material de ancoragem.

O Sindipetro-NF vai continuar a acompanhar o caso e destaca que este é mais um exemplo do elevado risco a que são submetidos os trabalhadores offshore. A entidade reafirma o seu alerta para que a categoria petroleira relate todos as ocorrências anormais nos voos e mantenha a vigilância em relação à segurança, enviando informações para [email protected].

 

[Helicóptero em área descampada próximo à Penha, em Campos – Foto enviada por trabalhadores ao Sindipetro-NF]