Abertura solene o XIV Confup destaca luta dos povos da América Latina por soberania

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22h47 – Discursos que enalteceram o papel do Brasil e, especialmente, dos trabalhadores brasileiros, na luta pela soberania dos países da América Latina foram os mais presentes e aplaudidos na solenidade de abertura do XIV Confup (Congresso da Federação Única dos Petroleiros), na noite de hoje. O evento reúne cerca de 300 delegados, representantes de bases petroleiras de todo país, e prossegue até o domingo, 3, em Aracruz (ES).

Soberania, saúde e segurança é o tema do congresso neste ano. E estes pontos estiveram na maioria das participações dos representantes das entidades, partidos e instituições que compuseram a mesa de abertura.

Dois representantes de entidades de trabalhadores do exterior também deram ênfase ao tema da soberania. Para o presidente da Federação Nacional dos Petroleiros do Peru, Moiséis Ochoa, “a solidariedade é que nos dá força para enfrentar a globalização”, lembrando da importância da Petrobrás e dos petroleiros na defesa o setor energético na América Latina. “Nada é possível conseguir sem luta, e só há luta se houver união”, disse o sindicalista. E para a presidente o Sindicato dos Eletricitários do México, Norma Moreno, os petroleiros brasileiros servem de exemplo para todos os trabalhadores do continente. Ela também denunciou o imperialismo e afirmou que “podem levar nossos corpos, mas não os nossos ideais”.

Deputada Federal pelo PT-ES, Iriny Lopes lembrou que o país vive um momento especial para discutir o fortalecimento da sua empresa nacional de petróleo. “Temos que fortalecer a Petrobrás, mas com respeito aos direitos dos trabalhadores. Sem isso, o crescimento da empresa fica capenga”, opinou.

Direita à espreita

O diretor de Relações Internacionais da CUT, João Felício, utilizou sua intervenção no evento para destacar a trajetória dos petroleiros na defesa a Petrobrás. “Sou professor, não petroleiro. Mas vocês não sabem o orgulho que tenho e falar da Petrobrás em sala de aula”, afirmou.

Felício avaliou que se outras categorias tivessem tido a força os petroleiros, o país não teria perdido empresas como a CSN e a Vale do Rio Doce para o capital privado.

O dirigente da CUT também situou o governo do presidente Lula como sendo estratégico para a continuação de um projeto de esquerda para a América Latina. Segundo ele, a direita anda à espreita, e não admite que se tenha um metalúrgico na Presidência do Brasil, um índio na presidência a Bolívia, e todos os demais líderes populares de países como Paraguai e Venezuela.

Balanço

Finalizando a solenidade, o coordenador geral da FUP, na gestão que se encerra neste Congresso, Hélio Seidel, fez um balanço das conquistas da Federação nos últimos anos, lembrando pontos como a resolução dos problemas financeiros da Petros e a influência da categoria na discussão da estruturação do setor petróleo no país.

Também compuseram a mesa e abertura do XIV Confup a presidente o Sindipetro-ES, Ester Bárbara; o dirigente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), José Dvanilton Pereira ; o presidente da CNQ (Confeeração Nacional dos Químicos), José Aparecido Donizeti; o presidente a Petros, Wagner Pinheiro; o dirigente do PCdoB, Aldemir Caetano; e a representante do Dieese no ES, Sandra Bortolom.

Imprensa o NF – 01/08/08