AMS, Petros e riscos de privatização em debate na setorial dos aposentados

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Aposentados, aposentadas e pensionistas da base do Sindipetro-NF realizam nesta manhã, na sede de Campos dos Goytacazes, reunião setorial híbrida (presencial e online) para debater os temas da categoria. As principais discussões estão em torno da assistência à saúde (AMS), da previdência (Petros) e das recentes investidas do governo pela privatização da Petrobrás.

Diretor do Departamento dos Aposentados, Antônio Alves da Silva, o Tonhão, abriu a reunião com uma panorâmica de informes sobre o cenário político brasileiros e os grandes desafios a serem enfrentados. Ele citou como exemplo, na área de assistência à saúde, as vitórias recentes das operadoras de planos contra a população.

O sindicalista lembrou ainda as diversas ações judiciais para manter os direitos dos trabalhadores e denunciar práticas nocivas da gestão da Petrobrás, como a que criou uma entidade para prestar assistência à saúde em lugar da AMS (a chamada APS).

Tonhão lembrou que, mesmo com advertências internas de setores da própria gestão, que mostraram que seria mais barato manter a AMS do que criar a chamada APS, o plano foi levado adiante e agora está sob disputa judicial — contestado pelas federações e sindicatos petroleiros.

Risco real de privatização

Também dirigente do NF, Rafael Crespo, advertiu que todos os pontos que envolvem a categoria, como assistência à saúde e previdência, estão fortemente relacionados com o risco de privatização da Petrobrás.

Ele defendeu que a categoria petroleira precisa estar mobilizada e mobilizar a sociedade, para não deixar que estes planos de venda da empresa tenham sucesso, mas ponderou que será preciso não repetir erros do passado.

“Esses caras [do governo] estão falando tanta mentira, estão fazendo tanto esforço, que estão conseguindo tirar do papel a questão da privatização. O primeiro balão de ensaio foi a BR Distribuidora [já vendida]”, disse.

Crespo lembrou que, além da BR, a Eletrobras avança no processo de privatização e que não houve uma grande reação da sociedade, defendendo que o mesmo não aconteça com a Petrobrás.

Dúvidas

A setorial também é destinada a tirar dúvidas jurídicas da categoria, com a participação da advogada Luana Campos, do escritório Normando Rodrigues, no esclarecimento sobre as ações em andamento.

[Vídeos e fotos: Vitor Menezes]