Coordenador do NF diz que demissão de diretor é “tremenda sacanagem” e fascismo que não vai intimidar o sindicato

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O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, afirmou ontem, em contato com petroleiros e petroleiras que embarcavam para plataformas da Bacia de Campos, no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, que a abertura de processo de demissão de um diretor sindical da entidade “é uma tremenda sacanagem da empresa, é o fascismo avançando na vida real nossa”. O sindicalista avalia que trata-se de uma tentativa de intimidação da gestão da Petrobrás contra o sindicato, “mas eles não vão conseguir”.

A abertura de processo de demissão do diretor Alessandro Trindade foi noticiada pelo sindicato no boletim Nascente desta semana (aqui). Bezerra explicou o episódio à categoria, no contato no heliporto.

“Aconteceu uma ocupação em um terreno da Petrobrás, em 1º de Maio, em Itaguaí, um terreno que era da prefeitura que foi doado à Petrobras para tentar levar o Comperj para lá e desde então o terreno está parado. O pessoal do movimento do campo, os sem teto, se organizou e foi ocupar esse terreno da Petrobrás, terreno este que a gente nem sabia da existência. O pessoal mapeou, viu que estava lá o terreno ocioso, foram fazer essa ocupação”, começou a explicar o sindicalista, complementando a seguir sobre a participação do diretor Alessandro em ações de solidariedade.

“O Alessandro acompanha também o Movimento Petroleiro Solidário, que já distribuiu mais de quatro mil cestas básicas, fora as que o sindicato também doa, passa de cinco mil, no Rio, aqui em Campos, Macaé, Rio das Ostras, distribuiu muita cesta básica na pandemia. O Alessandro foi lá distribuir cestas básicas para as famílias, naturalmente dar algum apoio ao que o pessoal precisasse. Famílias sem teto, sem comida, sem nada, nós fomos fazer esse movimento. E simplesmente eles [da gestão da Petrobrás] pegaram isso para justificar que ele [Alessandro] estava ajudando e organizando a ocupação e demitiram, de acordo com Código de Ética, CLT, não sei o que, colocaram lá um monte de coisas, só para tentar intimidar a gente. Quero deixar claro que não vai intimidar o sindicato”, disse.

Em editorial, o boletim Nascente havia repudiado a abertura de processo de demissão e também pontuou que a atitude da gestão bolsonarista da Petrobrás não vai intimidar o sindicato. “O petroleiro Alessandro Trindade é um dos nossos mais valorosos diretores e surtirá efeito contrário ao pretendido pela gestão de inspiração fascista da Petrobrás o anúncio de abertura, pela empresa, de processo de demissão do companheiro. Não vão nos intimidar. A categoria petroleira há muito sabe do compromisso de não deixar nenhum combatente para trás e não vai ficar barato esse ataque antissindical infame”, afirmou a publicação.

 

[Foto: Alessandro em uma das diversas ações comunitárias que realiza pelo Movimento Petroleiro Solidário e pelo Sindipetro-NF]