CUT apóia reivindicação dos caminhoneiros para baixar os preços dos combustíveis

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Rosely Rocha / Da Imprensa da CUT – A pauta de reivindicações dos caminhoneiros independentes, que marcaram uma greve nacional para o próximo dia 16 de dezembro (segunda-feira), receberá o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade considera justo o movimento desses trabalhadores, independentemente de serem filiados ou não, já que a pauta de reivindicações é também de interesse de toda a sociedade brasileira.

Os caminhoneiros querem que a Petrobras mude a sua política de preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Somente os combustíveis foram reajustados de setembro a dezembro, 11 vezes. O último reajuste, feito pelo governo de Jair Bolsonaro , do óleo diesel, principal combustível utilizado pelos caminhoneiros, foi de 2%, no dia 4 deste mês.

Hoje o valor do diesel nas bombas dos postos de combustíveis está custando em média R$ 3,708. Segundo dados da dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), quando houve a greve dos caminhoneiros, de 21 a 30 de maio de 2018, durante o governo do golpista Michel Temer (MDB-SP), o preço do diesel estava abaixo do atual: R$ 3,59.

O presidente da CUT Rio, Sandro Cezar, diz que ao ser procurado no último dia 6 deste mês, por Marconi França, líder dos caminhoneiros autônomos e outras lideranças dos estados de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Paraíba, entre outros, não poderia deixar de atender ao pedido de apoio da Central à pauta de reivindicações da categoria.

“É incontestável que há um abuso no aumento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, fruto de uma política do governo que inviabiliza o trabalho dos caminhoneiros autônomos e prejudica toda a sociedade brasileira. A redução dos preços tanto dos combustíveis quanto do gás de cozinha é uma pauta justa”, diz.

Após a reunião com o presidente da CUT Rio, Marconi França gravou um vídeo explicando os motivos da paralisação dos caminhoneiros e pede também apoio da população.

“Hoje a situação do Brasil não está boa, e nós caminhoneiros viemos pedir apoio da CUT . Estamos fechados para entre o dia 15 e 16 fazermos uma paralisação, mas precisamos do apoio da população, da dona de casa, do pai de família, que não estão satisfeitos com o preço da gasolina, do óleo diesel e do botijão de gás. Então junte-se a nós porque essa briga é de todos, não é só dos caminhoneiros.

Estamos fechados junto com a CUT, com os caminhoneiros na rua, para brigar pela dignidade, não só para categoria dos caminhoneiros, mas para todo o povo brasileiro. Dia 16, o Brasil vai parar”, afirmou França.

Veja o vídeo abaixo de Marconi França

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) também apóia reivindicações dos caminhoneiros

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Paulo João Estausia, o Paulinho, anunciou em vídeo, que embora a entidade não esteja convocando a greve dos caminhoneiros, ele acredita que ela é legítima e dará todo o apoio a essa paralisação nacional anunciada a partir do dia 16 de dezembro.

Paulinho explica as razões do movimento grevista dos caminhoneiros. “O Governo Federal está descumprindo aquilo que foi conquistado na greve no governo anterior, como exemplos: o CIOT para todos (código criado para combater as ineficientes e injustas nas formas de pagamento do Frete, que entraria em vigor amanhã), além do não pagamento do piso mínimo do frete e a falta de fiscalização.

“Esses são alguns dos compromissos do Ministro de Infraestrutura, Tarcísio, que ele não cumpriu”, alerta em vídeo o presidente da CNTTL, Paulinho.

O presidente da CNTTL reitera que as pautas dos caminhoneiros são legítimas. “As lideranças que estão conduzindo este movimento eu as conheço e têm capacidade de mobilização e paralisação. E nós da CNTTL contribuiremos no que for possível. Os caminhoneiros são de diálogo e o Governo Federal não pode ser intransigente. Deixamos claro que não é uma mobilização de esquerda ou de direita. As entidades representativas têm que exigir e cobrar os direitos dos caminhoneiros”, frisa o presidente da CNTTL.

Assista abaixo o pronunciamento do presidente da CNTTL na íntegra

 

[Foto: Marcelo Camargo / ABr]