Demissões nas contratadas da Petrobrás atingem mais de 4 mil trabalhadores

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O portal Petronotícias publicou no dia 11 de maio uma matéria sobre o impacto das hibernações (paralisação) das plataformas da Petrobras na vida dos Trabalhadores. Segundo o portal, 4500 trabalhadores da área de manutenção foram demitidos.

Segundo o economista e técnico do Dieese, Iderlei Colombini, essa notícia confirma a estimativa que o Departamento e o Sindipetro-NF tinham desde o início da Pandemia, que haveriam cerca de 4.800 demissões no setor petróleo.

Segundo a reportagem, a Petrobrás solicitou às prestadoras de serviço que mantivessem um contingente mínimo embarcado para atender às necessidades emergenciais das plataformas. Com isso um grande contingente de trabalhadores foi afetado.

As empresas que mais demitiram foram:

1 – Estrutural – 300 trabalhadores
2 – CSE/Aker – 350 trabalhadores
3 – Cobra – 500 trabalhadores
4 – MotaEngil – 700 trabalhadores
5 – Vince/Actemium – 900 trabalhadores
6 – Imetame – 700 trabalhadores

A matéria confirma que a Petrobrás também paralisou os contratos com as embarcações de apoio envolvidas nas atividades de manutenção, as chamadas Unidades de Manutenção e Segurança (UMS). “Cada UMS tem uma força de trabalho por turma que pode variar, em média, entre 500 e 600 profissionais. Cada unidade do tipo pode gerar entre mil e 1,5 mil empregos diretos, considerando que os profissionais trabalham em regime de escala de embarque. Essas embarcações abrigam profissionais de diferentes áreas – como mecânica, elétrica, manutenção de peças e equipamentos, hotelaria, movimentação de cargas, caldeiraria e pintura industrial” – descreve o repórter do Petronotícias.

O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, lembra que desde o início do aumento dos casos de Covid-19 no país vem acompanhando com preocupação as demissões no sistema Petrobrás. “No dia 18 de março o sindicato enviou à Petrobrás um documento solicitando a redução das equipes, para manutenção da saúde dos trabalhadores, com garantia dos empregos e dos salários, mas Petrobrás vem agindo de forma arbitrária e cometendo uma série de ilegalidades. O NF vem ganhando várias ações na justiça contra isso” – disse Tezeu.

Ele também lamenta o fato dessa gestão não se importar com o caráter social da empresa no Brasil. “Ao invés da Petrobrás pegar os 4 bilhões de lucro que teve em 2019 e usar para garantir empregos e salários em tempos de pandemia, a empresa faz totalmente o contrário, cancela contratos e coloca milhares de trabalhadores na rua” – afirmou.

Tezeu ressalta que a categoria deve se manter alerta e encaminhando denúncias para o e-mail [email protected].

Clique aqui e leia a notícia do Portal Petronotícias.

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