Diretoria do Sindipetro NF responde ao manifesto da P-56

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A diretoria do Sindipetro-NF parabeniza os petroleiros e petroleiras da P-56 pela realização da assembleia do movimento de 48 horas pela Greve Geral do dia 19 de Fevereiro, chamada por todas as centrais do país, somada à retirada de direitos da categoria petroleira representada pela ação rescisória absurda da RSR da Bacia de Campos.

Contudo,  os diretores e diretoras do NF discordam de parte da análise apresentada pelos companheiros e companheiras da plataforma, reiterando o respeito pelo manifesto apresentado e pelas opiniões diversas tanto dos petroleiros presentes, quanto de todos a categoria que a expressa de melhor forma possível.

Primeiramente, com relação à frustração geral da categoria com a direção no último ano, temos a impressão diferente dos companheiros não só pelos debates que temos diariamente nas bases, mas também pelos resultados que temos em nossas ações e que citamos: 1) um congresso regional (CONGRENF) com número recorde de delegados e delegadas; 2) uma participação massiva na maior greve geral da história do país, dia 28 de Abril de 2017; 3) alta participação em todas as assembleias do acordo coletivo 2017/2019 e 4) por fim, na própria vitória da nossa chapa, com quase 65% dos votos, numa eleição que é maior que o pleito eleitoral de diversas cidades do país. Na nossa opinião, uma instituição sólida como a nossa, um sindicato referência no país, não conseguiria tais resultados com um sentimento de frustração geral, portanto, chamamos essa reflexão aos companheiros e companheiras que corroboram com esse manifesto.

Em segundo lugar, sobre as estratégias de greve, mais uma vez pensamos que os números dizem ao contrário do que o manifesto expressa, até por serem sempre montadas com a participação da categoria nos nossos seminários de greve que são abertos para todos os filiados que elegem os delegados em cada uma das bases. No total, em torno de 30 plataformas participaram da greve, número bem superior às mobilizações locais dos últimos anos e da história do sindicato (24 plataformas participaram do dia 28 de Abril de 2017; 18 plataformas 31 de Agosto e 1 de setembro de 2016 e 20 plataformas no dia 29 de Maio de 2015 ). E sobre a citação a Federação Única dos Petroleiros também pensamos que não é um pensamento verossímil, afinal, nossa Federação esteve a frente das principais batalhas da categoria nas duas últimas décadas e diversas conquistas que temos (Anexo II da NR-30; Avanço de níveis independente do GD(por antiguidade); Direito de Recusa; Gratificação de Férias e Benefício educacional; Anuênio para funcionários a partir do ano de 2002; etc), e que todos petroleiros e petroleiras fazem uso, foram direcionadas pela luta dessa Federação.

Em terceiro lugar, sobre as negociações de Acordo Coletivo, consideramos fortemente quatro cláusulas de proteção contra a contrarreforma trabalhista como ganhos reais da categoria, assim como a manutenção dos nossos direitos. Se não tivéssemos acordo, por exemplo, a resolução 23 já teria destruído boa parte da nossa AMS. Se não tivéssemos a cláusula 42, estaríamos todos desprotegidos pela decisão do presidente do TST de liberar as demissões em massa dias depois que fechamos nosso ACT. Vale ressaltar, ainda, que essas construções não saíram “do nada” e que o sindicato, juntamente com a Federação e Central, investiu forte nos entendimentos da conjuntura e dos ataques do governo que nos chegaram a proteção inédita no Acordo que pouquíssimas categorias (talvez nenhuma) tem atualmente. E sobre tentar ou não rumos diferentes do que o sindicato aponta, comentado no manifesto por “algo melhor”, quem define as ações principais de acordo são as assembleias e o sindicato consultou toda base, inclusive a P-56, que aprovou o indicativo da direção. Foram mais de 1500 votos e, obviamente, temos todo o respeito por cada um deles e seu resultado, que foi pela assinatura do acordo. Lembrando que houveram muitas mentiras espalhadas pelos opositores da FUP sobre vários pontos do nosso acordo.

Por fim, ressaltamos a história de luta da P-56 e, mais uma vez, repetimos nosso respeito à história da plataforma e ao manifesto produzido pela assembleia. Sabemos que nossa categoria, com essa plataforma inclusa, não se furtará jamais da luta. Ressaltamos, inclusive, que a recente Greve do Norte Fluminense foi vanguarda em todo o país, comentada e disseminada em todos os meios – da mídia tradicional à progressista – e, nesse sentido, chamamos a reflexão dos companheiros e companheiras sobre a necessidade de se fazer esse tipo de comentário nessa conjuntura tão desfavorável para a classe trabalhadora (elucidada inclusive no documento enviado a direção) e, no qual, precisamos do máximo da unidade possível.

A Diretoria do Sindipetro-NF

Manifesto enviado pela P-56