Em grande ato no Rio, petroleiros reafirmam que haverá luta até o fim dos equacionamentos

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Da Imprensa da FUP – A paciência dos petroleiros e petroleiras está se esgotando. É muito tempo esperando uma solução que não chega. O equacionamento entrou na vida dos petroleiros como um pesadelo e atormenta o início do mês de 55 mil pessoas no país. Contracheques zerados, dívidas impagáveis, situações econômicas precárias, desespero. Contra isso, na manhã desta quarta-feira (13/03), delegações de todo o Brasil chegaram à porta do Edifício Senado (Edisen) da Petrobrás, no centro do Rio de Janeiro, para realizar o terceiro grande ato em defesa do fundo de pensão da categoria petroleira.

O terceiro ato foi igual aos anteriores: unitário e forte. A convocatória foi realizada pelo Fórum das Entidades em Defesa dos Participantes da Petros, composto pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (Conttmaf), Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados do Sistema Petrobrás e Petros (Fenaspe) e Associação dos Mantenedores e Beneficiários da Petros (Ambep). Ao grito de “essa conta não é nossa”, os petroleiros deram um claro recado à empresa: não podemos e não vamos pagar esse déficit.

“Os petroleiros não aguentam mais esses equacionamentos que tem sangrado a aposentadoria desses trabalhadores e trabalhadoras que deram sua vida durante, 30, 35, 40 anos a esta grande empresa que é a Petrobrás. Estamos pressionando a diretoria executiva da Petrobrás e o seu conselho de administração para que seja aportado o valor necessário ao plano. Tá na hora da Petrobrás pagar essa conta e nós não descansaremos até resolvermos esses equacionamentos assassinos”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP.

Em diálogo com a Comunicação do Sindipetro Unificado, a pensionista Terezinha Pereira Udovic, de 82 anos, deixou um recado para os próximos passos da luta e afirmou : “Eu não aguento mais equacionamento! Daqui a pouco vou receber só um papel. Mas, enquanto eu puder, eu vou lutar. E todos deveriam ir atrás e não ficar em casa só aguardando que os outros lutem por eles e só colher os frutos da luta dos outros”. Será necessário ainda muita luta de todos e todas os assistidos da Petros para pôr fim ao problema.

O Grupo de Trabalho (GT), que trata sobre o assunto, tem previsão de fechar seus trabalhos no final de março, e a categoria espera que a proposta que saia de lá resolva definitivamente o problema dos equacionamentos. Caso contrário, os petroleiros irão endurecer a luta. “Se não tivermos uma solução, já na próxima vez a gente vai vir aqui para acampar! E daqui a gente não sai, daqui ninguém tira, até que tenha uma solução para os equacionamentos”, afirmou o conselheiro da Petros eleito pelos trabalhadores Radiovaldo Costa, na sua fala de encerramento do ato.

Mais uma vez os petroleiros demonstraram que mesmo com grande desgaste ante a lentidão da resolução deste grave e urgente problema, não irão arredar o pé, irão lutar até às últimas consequências para acabar com os equacionamentos e devolver a dignidade que foi arrancada aos trabalhadores e trabalhadores que deram sua vida para construir a grande empresa que a Petrobrás é hoje.

Confira as fotos de Bruno Ferrari (Sindipetro Unificado) e Maria João Palma (FUP):