NF responde manifesto dos trabalhadores de P-31

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Os trabalhadores da plataforma P-31 enviaram manifesto ao Sindipetro-NF onde pedem a unidade durante a Campanha Reivindicatória. Veja a resposta do NF:

Resposta ao Manifesto da P-31

Juntos e classistas somos mais fortes

A diretoria colegiada do SindipetroNF parabeniza os companheiros e companheiras da P-31 pelo manifesto enviado à entidade, juntamente com a aprovação  unânime dos indicativos da FUP e do NF, que rejeita o Golpe que a diretoria da Petrobrás e seu presidente, Pedro Parente, querem impor a categoria petroleira.

No texto, os petroleiros e petroleiras da Plataforma de Albacora destacam um componente muito importante para nossas lutas vindouras (tanto no que diz respeito a manutenção de nossas conquistas, quanto a sobrevivência de nossa empresa) e o NF aproveita essa oportunidade para ratificar seu compromisso histórico com a luta pela unidade não só da categoria petroleira mas também de toda classe trabalhadora.

Contudo, há elementos nessa construção, de cunho prático, que é necessário esclarecer para que possamos discutir esse processo com a transparência e a responsabilidade a altura da importância desse tema.

Primeiramente, é importante salientar que uma mesa não pode ser única apenas no começo das negociações, mas sim em todo o processo de negociação,sobr o risco do movimento começar pavimentado sobre uma estrutura que se possa ruir ao longo da batalha e, assim, enfraquecer o lado dos trabalhadores.

Pensar em uma negociação conjunta pautada por uma unidade mal estruturada, seria semelhante a construir um arranha céu alicerçado por madeira de cola de papel. Por isso, é crucial ter uma agenda de planejamento para uma unicidade que represente, verdadeiramente, a força do movimento petroleiro. E podemos dizer que, nesse ano de 2017, alguns fatores dificultam o entendimento de mesa unifica.

A começar pelas pautas, que esse ano são mais semelhantes (mas não iguais, como deveria ser), entretanto no congresso dos sindicatos dissidentes a pauta enxuta foi aprovada com uma margem de votos muito pequena, ao contrário do congresso da FUP que aprovou a pauta de reivindicações por unanimidade, o que demonstra uma certa resistência dos cinco sindicatos contra a pauta que estamos discutindo em mesa. Isso pode trazer atritos e discussões internas que, certamente, enfraqueceram o movimento paredista.

Há, ademais, diferenças recentes que dificultam a aproximação entre as entidades nos últimos anos, como as posturas discrepantes frente ao Golpe de Estado que o Brasil sofreu em 2016, cujo processo começou em 2015, o qual o NF e os demais sindicatos Fupistas trabalharam arduamente para impedir enquanto os sindicatos dissidentes demoraram a reconhecer a existência efetiva de um Golpe e negavam as consequência anti-democráticas do impeachment, argumentando que os movimentos de resistência à época era,apenas, a defesa de “um governo”.

O Golpe foi tão nefasto e violento, com a destruição da CLT e a entrega do país em privatizações escusas, que em menos de um ano já ficou mais do que provado de que nossas teses classistas de “o Golpe é contra os trabalhadores e trabalhadoras e não contra uma Presidenta ou um Partido” e de “defesa da democracia” estavam corretas e se sobrepuseram ao oportunismo daqueles que se omitiram dessa luta, justamente no argumento do “Fora todos”, que se ancora na negação da política que levou essa país ao caos.

Entretanto, apesar das diferenças que não são apenas ideológica ou político-partidárias, mas sim de método e práxis, o NF está mais do que disposto a contornar esses contrastes numa aproximação que, não temos dúvidas, demanda tempo e paciência da categoria e seus representantes.

Paciência para escutar o contraditório e tempo para enterrar os argumentos retóricos e oportunistas, fatos que, atualmente, podemos observar na prática, uma vez que os todos sindicatos petroleiros estiveram juntos em diversas ações, como a luta contra o projeto de lei da entrega
do Pré-Sal, atos contra a privatização da empresa e fóruns de discussões institucionais.

Por exemplo, a diretoria do SindipetroNF, juntamente com os demais sindicatos petroleiros, Fupistas ou não, vem convocando toda a população brasileira para o ato “Se é Público é para todos”, Dia 3 de Outubro, no Rio de Janeiro às 11:00h em frente a Eletrobrás, contra as privatizações do Golpista Mishell Temer. Essas oportunidades são cruciais para que possamos conciliar objetivos para que, no futuro, seja possível uma lutas unificadas em todas as batalhas que enfrentamos na infindável luta de classes.

Novamente, reiteramos a importância de manifestos como o da P-31, comprimentando os companheiros e companheiras que escreveram esse texto na certeza que no debate iremos construir uma categoria cada vez mais fortalecida.

Até a vitória,

Sempre! 

Diretoria do NF

 

Confira abaixo a íntegra do manifesto: