Movimentos sociais chamam ato público dia 13 para impedir retrocessos

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Isaías Dalle / Da CUT – Treze de Março é Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Petrobrás, da Democracia e Reforma Política, Contra o Retrocesso. A data foi escolhida porque já havia sido apontada como dia de mobilização pelos petroleiros representados pela FUP.

Segundo a Central, a mobilização quer fazer frente aos ataques especulativos e políticos que recaem sobre a Petrobrás, reiterar a necessidade de derrubar as MPS 664 e 665 apresentadas pelo governo Dilma no final do ano passado, que restringem direitos trabalhistas como seguro-desemprego e auxílio-doença, já em vigor, e para demover os setores golpistas da ideia de interromper o mandato presidencial conquistado nas urnas e nas ruas.

A preparação dos atos do dia 13 vem em ritmo crescente. Uma das principais demonstrações de mobilização pré-13 de março vem do Paraná, onde os trabalhadores e trabalhadoras da educação pública estadual construíram uma forte greve, iniciada em 2 de fevereiro. O movimento conquistou o apoio de amplos setores da sociedade, amealhou adesão de todas as categorias do funcionalismo e fez grandes protestos de rua, como o que reuniu mais de 50 mil pessoas na capital Curitiba no dia 25 de fevereiro.

No dia 2 de março, coerente com sua tarefa política em defesa dos interesses dos trabalhadores, a CUT participou com as demais centrais de atos diante de sedes das Superintendências Regionais do Trabalho, reiterando a cobrança para que as MPs 664 e 665 sejam retiradas.

Ato no Rio

O ato no Rio será na Cinelândia a partir das 15h. O tom do dia 13 de março foi dado também, em grande parte, pelo ato “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil”, convocado e organizado pela CUT e pela FUP, na noite de 24 de fevereiro, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Rio de Janeiro.

Participaram lideranças sindicais cutistas de diferentes ramos de atividade e regiões do Brasil. Trabalhadores da Petrobrás imprimiram a cor laranja de seus uniformes na plateia. Intelectuais, artistas, jornalistas, escritores e lideranças políticas e de movimentos sociais também levaram apoio.

Naquela noite, importantes dirigentes, como o ex-presidente Lula e o líder do MST João Pedro Stédile anunciaram participação nas mobilizações de 13 de março. “Em nome não só do MST, mas de todos os movimentos organizados do campo, eu afirmo aos petroleiros: marcharemos com vocês para o que der e vier”. Stédile completou: “Temos de voltar às ruas no dia 13 de março para mostrar que a Petrobrás é nossa e ninguém tasca”.

Antes de encerrar sua fala, o líder sem-terra convocou Lula à participação. “Lula, o povo quer te ver nas ruas”. Lula confirmaria depois: “Vagner, se você me convidar, eu vou participar”, dirigindo-se ao presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Vagner, ao falar à plateia que lotou o auditório, resumiu o espírito das mobilizações e do momento político: “Estamos vivendo um enfrentamento de classes, nunca tiram isso da vista de vocês”.

Coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel traduziu o sentimento evocado pelo ato: “Temos de ter orgulho de ser Petrobrás”.

Outos estados

– Em São Paulo, o ato será na Avenida Paulista, 901 a partir das 16h

– Em Curitiba, será na Praça Santos Andrade, marcha até a Boca Maldita, a partir das 17h

– Em Belém, Praça da Republica, 15 h

– Em Florianópolis, em frente à Catedral, a partir das 14 h

– Em Belo Horizonte, concentração na Praça Afonso Arinos, a partir das 16h,

– Em Brasília, será às 17h, na Rodoviária,

– Em Fortaleza, Concentração na Praça da Imprensa, a partir das 8h, depois segue até a Assembleia Legislativa,

– Em João Pessoa, em frente ao Cassino da Lagoa, a partir das 15h

– Em Salvador, em frente ao prédio da Petrobrás, às 7h

– Em Recife, Concentração a partir das 7h no Parque 13 de Maio, depois segue para Av Guararapes,

– Em Maceió, concentração na Praça Sinimbu, às 9h, depois caminhada até a Assembleia Legislativa,

– Em Campo Grande, será na Praça do Rádio, às 9h,

– Em Goiânia, no Coreto da Praça Cívica, a partir das 10h,

– Em Teresina, na Praça da Liberdade, 15h,

– Em Natal, em frente à Catedral, às 16h

– As outras capitais ainda estão definindo o local e o horário do ato.

 

Bandeiras de luta do dia 13

– A defesa da Petrobras, contra a privatização da estatal que corresponde a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

– Pelo Plebiscito Constituinte para a reforma do sistema político e contra o financiamento privado de campanha eleitoral.

– Pelo fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que alteram direitos da classe trabalhadora.