Editorial
Vigilância Aproximada agita semana
A semana iniciou com um roteiro digno de um thriller político, quando a Operação Vigilância Aproximada, conduzida pela Polícia Federal, desembarcou na casa de veraneio de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis. Ironia do destino ou habilidade premonitória, a família Bolsonaro deixou a residência momentos antes do cumprimento do mandado de busca e apreensão, como se tivesse um script previamente conhecido.
A operação lança luz sobre a possibilidade de um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. A investigação também aponta para a existência de uma “Abin paralela” que, supostamente, solicitava informações sobre as investigações contra Jair Bolsonaro e seus filhos a amigos no poder. Uma teia intrincada de intrigas que parece remeter a práticas obscuras.
Não podemos ignorar a possível conexão entre esses eventos e os atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro. A linha tênue entre segurança nacional e ações ilícitas parece cada vez mais forte, levantando questões sobre quem estaria por trás dessa ação.
O que mais preocupa é a certeza da impunidade que permeia essas figuras. A sensação de que, mesmo diante de atos suspeitos e investigações sérias, o ex presidente e sua família saiam ilesos.
É imprescindível que as investigações prossigam sem interferências, garantindo a transparência e a responsabilização daqueles que, por muito tempo, agiram nas sombras da impunidade. O Brasil merece uma política limpa, onde o Estado de Direito prevaleça sobre interesses particulares.
Enquanto a dança da impunidade continua, cabe à sociedade exigir a verdade e clamar por justiça. O país não pode se render a um enredo onde alguns estão acima da lei. O Brasil merece mais do que uma semana agitada; merece uma democracia robusta e instituições que representem verdadeiramente os interesses do povo. Nesse sentido, acreditamos que depois do desgoverno Bolsonaro, estamos no caminho certo!
A semana
Aposentados
A diretoria do Sindipetro-NF convoca os aposentados, aposentadas e pensionistas para uma reunião conjunta nesta quarta-feira, dia 31, às 10 horas, na sede de Campos dos Goytacazes, para tratar de assunto do Grupo de Trabalho (GT) Petros.
Para os moradores de Macaé, o sindicato disponibilizou transporte ida e volta Macaé x Campos X Macaé.
Grupo SLB
O Sindipetro-NF e a FUP convocam os trabalhadores do Grupo SLB a participar de uma assembleia on-line no dia 31 de janeiro, às 14h. Após duas rejeições por parte da categoria, a empresa apresentou uma nova contraproposta do Termo Aditivo do Grupo ao ACT 2022/2024 a ser apreciada e votada pelos trabalhadores.
Segundo representantes do Grupo SLB, o abono não será retirado e caso a proposta seja aprovada o pagamento será realizado no próximo mês.
A votação terá duração de 24 horas e acontecerá pelo aplicativo Confluir e o link será liberado no dia da assembleia.
Recadastramento
O Sindipetro-NF iniciou no dia 16 de janeiro, a campanha de recadastramento dos trabalhadores já filiados ao Sindicato.
Uma equipe do setor de Filiação fará contato com os petroleiros e petroleiras para atualização dos dados. Foi disponibilizado também, um telefone de contato caso os filiados queiram atualizar seus cadastros. O número é:
(22) 9.9928-8350.
Concurso
Faltam poucos dias para se inscrever no Concurso Público Petrobras, que abriu mais de 6 mil vagas de nível técnico, para recompor o seu efetivo. Dentre o número total de vagas, 916 são destinadas à contratação imediata, e 5.496 para formação de cadastro reserva (CR). A remuneração para os carços chega a quase 6 mil. As inscrições encerram no dia 31 de janeiro, às 18h.
Saúde Petrobrás
Como divulgado no site do sindicato, está em estudos a implantação de um posto avançado da Saúde Petrobrás na sede do NF em Macaé. Na sexta, 26, o Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra e o diretor Botelho receberam a visita de representantes da APS com a intenção de avaliar as instalações e a possibilidade de implantar até maio esse posto avançado a partir de maio.
O projeto piloto ainda necessita de análise jurídica, mas caso seja aprovado, ajudará em muito os usuários do Plano, principalmente os aposentados e aposentadas, que apresentaram essa reivindicação após o Seminário realizado em março do ano passado em Caparaó.
“Estou muito satisfeito em receber essa visita na sede de Macaé, porque traduz a reivindicação dos aposentados e pensionistas em nosso Seminário na Serra do Caparaó, é uma concretização da reivindicação desse grupo que foi para o Congrenf, Confup, entrou na pauta e para o Acordo Coletivo” – disse Botelho.
Você tem que saber
CATEGORIA REFERENDA INDICATIVO DA FUP E NF
Após mais de uma semana de assembleias, a categoria petroleira do Norte Fluminense aprova com mais de 80% dos votos a segunda proposta de PLR apresentada pela Petrobrás
Terminaram ontem, 30, as assembleias no Norte Fluminense que avaliaram a segunda e última proposta de PLR apresentada pela Petrobrás e subsidiárias. Até o fechamento desta edição 85,54% da categoria do NF havia aprovado o indicativo de aceitação do acordo de PLR 2023, 13,37% foram contra e 1,09% se absteve. Em todas as bases da FUP o indicativo foi acatado pela categoria, demonstrando mais uma vez o acerto dos sindicatos e da Federação na condução das negociações. Com esse resultado está garantido que o adiantamento da PLR 2023 será pago até o dia 09 de fevereiro.
A nova proposta de PLR 2023, tem validade de um ano, reduziu a diferença entre o piso e o teto, contemplando a grande maioria dos trabalhadores. A relação entre os maiores e os menores valores a serem pagos despencou de 10,7 vezes para 4 vezes. O valor do piso equivale ao mesmo que foi praticado pela Petrobrás entre 2008 e 2014 e, pela primeira vez, a empresa garantiu três remunerações para os empregados que receberem acima do piso.
Realizaram assembleias no Norte Fluminense as bases de Cabiúnas, Barra do Furado, Parque de Tubos, Praia Campista e as plataformas PCH-1, P-09, P-19, P-25, P-26, P-31, P-35, P-37, P-38, P-40, P-43, P-47, P-48, P-51, P-52, P-53, P-54, P-55 e P-62.
Segurança
NF se reúne com a Petrobrás sobre acidente com gangway em P-62
A diretoria do Sindipetro-NF se reuniu na última sexta com representantes da Petrobrás para tratar do acidente com a gangway (ponte) entre P-62 e UMGR (Unidade Manutenção Guarapari) . Segundo a empresa, na sexta foram realizados os devidos transbordos dos trabalhadores para suas devidas unidades por aeronave, já que no momento do acidente haviam trabalhadores da plataforma na Unidade de Manutenção e vice versa.
Sobre o acidente, a Petrobrás disse que está sendo analisada se o motivo foi realmente por causas climáticas severas, e repentinas ou se houve outro tipo de falha. O Coordenador do Departamento de Saúde, Alexandre Vieira, chegou a pedir dados das correntes, das ondas e percentual de uso de thrusters, mas a empresa não soube informar, porque ainda está levantando os dados. Foi criada uma Comissão de Investigação que analisará melhor os fatos.
O Acidente
No dia 25 de janeiro, por volta das 3h da manhã, a gangway (ponte) entre P-62 e Unidade Manutenção Guarapari se soltou devido às condições do mar. A denúncia chegou ao sindicato através de vídeos compartilhados pelos trabalhadores. Segundo relatos, momentos antes da ocorrência, um trabalhador ia atravessar a ponte, mas uma luz vermelha acendeu e ele retornou à UMGR, no momento da desconexão aconteceu algum problema e a ponte ficou pendurada. Por sorte, não houve vítimas.
O acidente levantou um alerta em toda a Bacia de Campos e relatos de trabalhadores apreensivos começaram a chegar. Por isso o NF orientou que em caso semelhante de risco de vida ao passar pela gangway, o ideal é usar o direito de recusa garantido pela NR-37 e não ultrapassar.
Setor Privado
Trabalhadores da Baker tem assembleia nacional dia 2
Dia 2 de fevereiro os trabalhadores da Baker Hughes têm Assembleia Geral Nacional Extraordinária às 15 horas, para apreciação e votação da nova contraproposta do Termo Aditivo do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2024 apresentada pela empresa. A convocação é feita pela FUP e sindicatos filiados, incluindo o Sindipetro-NF.
Na nova contraproposta a empresa Baker Hughes está oferecendo reajuste de salário de 4,7% – CAP de R$11.000,00, , reajuste de 10% no vale alimentação e 6% no vale refeição, auxílio Creche de R$420,00 para crianças até 5 anos e 11 meses (válido tanto para homens como mulheres), Auxílio Natal de R$250,00.
A Assembleia acontecerá por meio virtual, com votação contínua por 24 horas. A plataforma onde ocorrerá a votação será divulgada no site da FUP e do Sindipetro-NF.
Foto legenda
FIM DO EQUACIONAMENTO – Aposentadas e aposentados realizaram atos em todo país, no dia 24 de janeiro pelo fim do Equacionamento da Petros. Na foto segurando a faixa, a ex-diretora do NF, Ilma de Souza
Saideira
Revista Fórum faz live sobre Covid Longa
Voltamos, petroleiros! E o ano de 2024 já começou agitado. No último dia 10 de janeiro, as pesquisadoras do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh/ENSP/Fiocruz), Liliane Teixeira e Rita Mattos, participaram do programa da revista Fórum, em parceria com o Sindipetro – NF, para falar mais sobre o projeto “Covid Longa em Trabalhadores Offshore”. Na conversa realizada com a jornalista Maria Fro, as pesquisadoras explicaram o que é a Covid Longa e a relação das doenças com os trabalhadores. Além das pesquisadoras, também participou da roda de conversa o coordenador do Dep. de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira.
No próximo dia 7 de fevereiro, as coordenadoras do projeto voltam a se reunir com a procuradora do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) Júnia Bonfante, com representantes da Petrobras, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), do Sindipetro-NF e da FUP para alinhar os novos passos do projeto.
Entre nas redes do Cesteh e saiba mais sobre o andamento do projeto. Instagram: @cesteh_ensp
Site: www.cesteh.ensp.fiocruz
Normando
Os cães da gentalha!
Normando Rodrigues*
Um aspecto importante do comportamento da gentalha é que, apesar da incessante defesa do “livre mercado”, essa autoproclamada “elite” vive de dinheiro público.
Por exemplo, desde o golpe contra Dilma, em 16, o dinheiro público que satisfaz os gostos e caprichos do “Ogronegócio” foi triplicado. E tais recursos, como se sabe, são em mais de 70% originários de impostos pagos pelos pobres.
Claro, os 20 mil brasileiros milionários são bons fariseus, dedicados a pregar que os pobres de cujo sangue vivem não tenham auxílio algum do estado. Afinal, somente a “nata” da sociedade é merecedora.
Outro traço de personalidade da gentalha é a arrogância, qualidade-irmã da ignorância. Dela deriva o sentimento de impunidade que levou ao menos um dos 51 bilionários brasileiros, Mario Luft, a patrocinar a brancaleônica tentativa de golpe de 8/jan/23.
Esse episódio revela o quão desmedida pode ser a gentalha, quando desafiada na manutenção da fome, miséria e escravidão de milhões de seres humanos, das quais depende. Sem hesitar, recorrem ao golpe de estado, possibilidade real sempre que os ricos são derrotados nas urnas, como evidenciado em 1964 e em 2016. Mas algo piorou bastante nos últimos oito anos.
Em rápida lembrança, a torpe Ditadura Militar de 1964-1985 contou com a cumplicidade dos três principais governadores do país: Adhemar rouba-mas-faz de Barros em São Paulo; Carlos Lacerda, o Corvo, na Guanabara; Magalhães Banco-Nacional Pinto, em MG. Três políticos antidemocráticos, compromissados com os interesses dos investidores internacionais. Agora, comparemos.
Hoje, respectivamente, temos à frente de SP o bolsonarista pró-matança Tarcísio de Freitas; no RJ, o provisoriamente solto com dinheiro em mochilas Cláudio Castro; e em MG o atentado ambulante à sociedade, chamado Romeu Zema.
Ao contrário da trinca de 64, a atual não tem nada a oferecer à gentalha dos 20 mil ricos, senão o próprio modo autoritário, desumano e violento com que enxergam o mundo. E o fazem com o orgulho típico dos incultos.
No último 8 de janeiro, os três governadores fizeram questão de marcar posição contra a democracia. Não se tratava de tomar partido da corrente “A” ou “B”, mas de um mínimo acordo civilizatório: devem haver eleições, o mais limpas e justas o possível, e quem ganhar, leva!
Incapazes de comungar desse mínimo denominador comum democrático, Tarcísio, Castro e Zema, junto a outros 11 governadores e mais 30 senadores, deixaram claro no último 8 de janeiro que esperam, torcem e trabalham por um novo golpe de estado.
E boa parte da esperança dessa gentalha está depositada na possível eleição de Trump, em novembro.
* Assessor jurídico do NF e da FUP.
Nascente 1325
