Nascente 1384

Em meio ao mar de gente que foi ver e ouvir o presidente Lula na última segunda-feira, em Campos dos Goytacazes, durante a inauguração da nova sede da UFF (Universidade Federal Fluminense) no município, estava a onda laranja petroleira que tem sido uma marca das manifestações populares. Além de petroleiros e petroleiras do público, o jaleco laranja também vestiu os diretores do Sindipetro-NF, Sérgio Borges e Tezeu Bezerra, que compuseram o grupo de lideranças políticas e institucionais que ladearam o presidente na cerimônia.

A presença petroleira também se fez notar por uma carta (disponível no site do sindicato) que destaca a importância da revitalização da Bacia de Campos, com a valorização da Petrobrás, mas também lembra a necessidade de outra valorização, a dos trabalhadores da companhia, elencando toda a pauta da greve que ainda carece de avanços em negociações — e, se preciso, continuará a ensejar paralisações, até mesmo por tempo indeterminado, como sinalizou o movimento sindical.

O momento foi de grande aprendizado político e de construção histórica. O presidente que mais inaugurou universidades na história do país, e conta isso emocionado por não ter tido, ele mesmo, formação de nível superior (embora tenha dezenas de títulos de doutor honoris causa por universidades mundo afora), deixa também a sua marca na educação de Campos dos Goytacazes, feito antes protagonizado por apenas outros dois estadistas: Leonel Brizola, que quando governador inaugurou a UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) e Nilo Peçanha, um campista, primeiro presidente negro do país, que inaugurou a Escola de Aprendizes Artífices, dando origem ao que viria a ser a Escola Técnica Federal Fluminense, atual IFF (Instituto Federal Fluminense).

A categoria petroleira se orgulha de estar do lado certo da história: o lado dos livros, e o não das armas.

Uma das mais importantes construções do movimento sindical brasileiro, o Dieese completa 70 anos neste 2025, em 22 de dezembro. O Departamento de pesquisas está preparando uma programação robusta para celebrar a data, que inclui seminários por todo o país para “ resgatar e ampliar o conhecimento sobre a questão da renda no Brasil”. Para isso tem feito um esforço de levantamento de recursos, que serão captados por meio da Lei Rouanet, com doações de qualquer trabalhador ou trabalhadora que podem ser deduzidas no IR. Saiba como em 70anos.dieese.org.br/doacaon.

O Sindipetro-NF realiza nesta quinta, 17, às 10h, uma setorial on-line com os trabalhadores da KN Açu. O encontro acontecerá pela plataforma Microsoft Teams. A reunião será uma oportunidade importante para o debate sobre as condições de trabalho e a construção da pauta de reivindicações para o próximo ACT.

Petroleiros e petroleiras da plataforma P-43 manifestaram, por meio de documento coletivo, a indignação com as injustiças na avaliação do GD (desempenho) da unidade. A categoria denuncia que enfrenta várias dificuldades em razão de erros em decisões gerenciais e que não pode ser punida por isso. Há casos também em outras unidades.

Entidades que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo lançaram, no último dia 10, uma proposta de Plesbicito Popular sobre a redução de jornada de trabalho sem redução de salário, o fim da escala 6×1 e a isenção de pagamento de imposto de renda (IRPF) para quem recebe até R$ 5 mil por mês e aumento da taxação para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais. Saiba mais em is.gd/plebpop.

No Brasil, o número de mulheres que sofreu alguma violência nos últimos anos aumentou. Foram 21 milhões de brasileiras que sofreram algum tipo de agressão nos últimos 12 meses (37,5% do total das mulheres do país). Os dados são de pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgada recentemente. O combate ao machismo segue urgente.

Está chegando a segunda Edição do Panelada de Crioula, com o tema Salve Jorge, na Lyra dos Conspiradores (Rua do Sacramento, 63, Centro de Macaé), no próximo dia 20. O evento tem apoio do Sindipetro-NF. A programação inclui Missa (12h), Feijoada (13h) Lavagem da Lyra (17h) e Oração de São Jorge (18h). Haverá apresentações do grupo Só Samba, de Jô Wilme, de Markin Firma e de Diego Cabral. Mais informações pelo telefone (22) 998247809.

Em um dia marcante para a educação e a política no Norte Fluminense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Campos dos Goytacazes na tarde desta segunda, 14, para inaugurar a nova sede da Universidade Federal Fluminense (UFF). Acompanhado do ministro da Educação, Camilo Santana, Lula participou da cerimônia que representa um avanço significativo para o fortalecimento da educação pública na região.

Durante a visita, a categoria petroleira, por meio da diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), entregou uma carta ao presidente com uma série de reivindicações e reflexões sobre o setor. No documento, os trabalhadores destacaram a importância da Petrobras como indutora do desenvolvimento econômico e social do país, saudaram os recentes investimentos anunciados para a Bacia de Campos — estimados em US$ 23 bilhões até 2029 — e celebraram o fim do modelo de afretamento para o FPSO P-88.

“Temos visto com entusiasmo os recentes anúncios de investimentos no setor petróleo na região […] uma resposta eloquente, necessária e histórica”, afirma o texto, referindo-se ao Programa de Revitalização da Bacia de Campos.

A carta também denuncia práticas da atual gestão da Petrobras que, segundo o sindicato, vêm desvalorizando os trabalhadores da empresa e terceirizados. Entre os principais pontos, estão a luta contra a redução da Remuneração Variável; a defesa do teletrabalho; o fim dos equacionamentos do Plano Petros; a implantação de um Plano de Cargos, Carreira e Salário justo; a reposição de efetivo; o combate aos acidentes e adoecimentos no sistema Petrobras; a garantia da retomada da produção na Fafen-PR com segurança; e melhores condições de trabalho e fim da diferenciação entre trabalhadores antigos e novos.

Também foi entregue ao presidente Lula, por meio do diretor sindical Tezeu Bezerra, uma carta preparada por aposentados e pensionistas da base do NF, com o reforço da reivindicação pelo fim dos equacionamentos.

O Sindipetro-NF realizou, no último dia 09, três assembleias da categoria petroleira para deliberar sobre alteração estatutária, prestação de contas e refiliação de trabalhadores.

Resultado de um processo de construção coletiva e da participação ativa da categoria, a prestação de contas de 2024 e a previsão orçamentária para 2025 foram aprovadas por unanimidade pelos presentes. Para a diretoria do sindicato, o resultado reflete o reconhecimento do esforço realizado nos últimos três anos para equilibrar as finanças, que agora apresentam superávit.

Esse resultado positivo foi alcançado por meio da revisão de contratos e da redução de gastos na estrutura sindical — medidas que, segundo a diretoria, não comprometeram a atuação da entidade. “Seguimos firmes nas campanhas, nas vigílias dos aposentados, nas caravanas a Brasília e em outras frentes de luta”, destacou a direção.

Também foi aprovada, por ampla maioria em outra assembleia, a alteração estatutária que permitirá ao sindicato maior modernização e agilidade administrativa, como a possibilidade de substituição de membros da diretoria quando necessário.

A terceira assembleia aprovou o retorno de dois trabalhadores ao quadro de filiados do sindicato. Eles haviam sido desligados por decisão da comissão de ética durante a greve de 2015. A refiliação foi aprovada por ampla maioria, demonstrando a disposição da categoria para o diálogo e a reconstrução da unidade.

O Sindipetro-NF realiza nesta quarta, 16, às 19h, reunião setorial com os petroleiros e petroleiras para atualizar as informações sobre a luta do teletrabalho e discutir os próximos passos. A reunião será online e o link será divulgado nos grupos de whatsapp dedicados ao tema.

Fruto da Greve de Advertência, de 26 de março, a Petrobrás anunciou a prorrogação do prazo para assinatura do termo de adesão ao teletrabalho, para dia 30/05, além da suspensão da obrigatoriedade de presença física de três dias mesmo para quem já assinou o termo. A orientação do movimento sindical, no entanto, continua a ser a de não assinar o termo individual, reforçando a luta coletiva.

A defesa do teletrabalho, com a negociação de regras que possam ser pactuadas entre a empresa e os trabalhadores (e não impostas, como têm sido), está entre as reivindicações da greve, que também incluem o fim dos equacionamentos, a oposição à redução na remuneração variável, entre outros pontos que estão sendo tratados em reunião entre a companhia e as federações.

Antes da greve, a companhia vinha mantendo “uma posição intransigente quanto ao teletrabalho, sem apresentar justificativas claras para a necessidade de presença física obrigatória por três dias na semana. Os diretores da FUP cobraram da gestão dados concretos que embasem essa decisão, já que, financeiramente, a Petrobrás não enfrenta dificuldades. Prova disso é o pagamento de 207% do lucro em dividendos, o que demonstra que a empresa está longe de um cenário de crise”, registrou recentemente a FUP.

A Secretaria do Setor Privado da FUP participou na semana passada de reuniões com empresas de gás e energia para tratar de diversas questões relacionadas a condições de trabalho, salários e segurança dos empregados representados por seus sindicatos.

Com data-base em primeiro de abril, o Acordo Coletivo de Trabalho da NTS (Nova Transportadora do Sudeste) foi a pauta central da reunião que a FUP e a FNP realizaram com a empresa na quinta-feira, 10. Na quarta-feira (09), a FUP se reuniu com representantes da Engie, que opera os gasodutos do Norte e Nordeste, que também eram controlados pela Petrobrás antes de serem privatizados. Foram tratadas a renovação das cláusulas econômicas do ACT e o pagamento da antecipação da PLR, cujo acordo foi aprovado pelos trabalhadores no final de março. A FUP e seus sindicatos também reuniram-se com a Enerflex no último dia 09, para acompanhar a implementação das novas cláusulas do ACT, que foi pactuado em janeiro, após uma longa negociação coletiva, que teve início em setembro do ano passado.

O Sindipetro-NF conquistou mais uma importante representação: a partir de agora, a entidade será responsável pela defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da KF Engenharia, empresa que presta serviços de consultoria técnica em engenharia de segurança e de processos para atividades submarinas da Petrobrás, com atuação na Bacia de Campos. Com isso, os profissionais da KF Engenharia passam a ter assegurado o direito à negociação coletiva.

CONFERÊNCIA DE SAÚDE O Teatro do Sindipetro-NF recebeu, no último dia 10, a 2ª Conferência Regional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, realizada pelo Conselho Municipal de Saúde de Macaé. O NF integra o Conselho e foi representado na mesa de abertura do evento pela assistente social Danielle Araújo. Um dos objetivos do fórum é aumentar a participação popular para o desenvolvimento de programas e ações dos órgãos setoriais do estado em defesa da saúde do trabalhador e da trabalhadora.

Terá o Planalto compreendido que o governo Lula 3 está infiltrado por fascistas?

Perto de cem parlamentares que se identificam como “base” do governo (leia-se “quero cargos”) assinaram o requerimento de urgência da anistia para terroristas de extrema-direita que tentaram implantar uma ditadura sangrenta no Brasil.

É característica do gênero textual “romance” a curva de aprendizado de um ou mais personagens, geralmente verificada no 2° ou 3° ato da narrativa. No entanto, em Brasília a aquisição é notavelmente lenta.

Na escrita permanente do livro “Democracia”, anistiar Adolf-Bolsonaro-Hitler e seus seguidores é deitar ao lixo a oportunidade única de Justiça de Transição, devida à Nação por todo o Século XX, mas especialmente desde 1964.

Os animalescos carniceiros da Ditadura somente permaneceram admirados pelos criminosos do “8 de janeiro”, porque escaparam incólumes às consequências de suas atrocidades, porque nunca execrados institucional-mente, porque jamais imolados em praça pública de modo a se ensinar o óbvio às crianças: “isso não se faz!”

Ausente o “isso não se faz!”, normalizam-se fascistas do tipo Tarcísio de Freitas, tão capazes de enviar massas opositoras ao campo de extermínio quanto um Bolsonaro, mas que (Eichmann em Jerusalém) se fingem de “técnicos” para infirmar a democracia e sabotar qualquer perspectiva de emancipação do povo.

No governo Lula, pululam exemplos desses Fascistas de Freitas e na Petrobrás não é diferente. A gestão privilegia lavajatistas, idealizadores e executores do “loufér” do qual o próprio Lula foi vítima, e faz o possível para em nada alterar as linhas de destruição da estrutura da estatal, traçadas após o Golpe de 2016 e a entrega da economia para o banco BTG Pactual e outros abutres.

Parecem agir na esperança (ou certeza) do retorno da hidrófoba extrema-direita ao poder, em 26. Mas não se deve descartar a hipótese de que completem a arrasadora privataria sob o governo do PT, haja vista a galopante alienação das atividades-fim.

Recorrendo ao otimismo – Há Trumps que vêm para o bem – talvez a descarada traição ao Estado Democrático de Direito, por parte da indigna e indigitada centúria que se diz “base” do governo, abra pálpebras e higienize canais auditivos.

Eventualmente desperto, quem sabe o Planalto enxergue nas próprias vísceras os fascistas que o corroem vivo, como a Brás Cubas morto.

P.S. Congratulemos os raros fascistas que percorrem a própria curva de aprendizado. O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL/RS) comparou a admissão da ação penal contra Bolsonaro, pelo STF, ao Tribunal de Nurembergue.

Parabéns Deputado! O senhor entendeu!