O Sindipetro-NF discutiu ontem (quarta, 6), em reunião com representantes de gerências da Petrobrás, o problema do desvio de função de técnicos de operação para o trabalho de “pintura simplificada e conservação” de plataformas da Bacia de Campos. O caso vem sendo acompanhado pela entidade há meses (relembre aqui).
Os representantes da empresa apresentaram o plano e as suas intenções com este tipo de preservação permanente. O sindicato considera importante a manutenção, até para a segurança dos trabalhadores, mas questiona a eficiência do modelo e o desvio de função.
“Nós questionamos sobre a eficácia desse tipo de pintura. Entendemos a estratégia que foi adotada pela empresa, mas questionamos sobre o desvio de função, dado que os empregados são trabalhadores que não são pintores e vão atuar na aplicação de tintas”, explica Johnny Souza, um dos diretores do Sindipetro-NF que participaram da reunião.
A empresa se comprometeu a fazer uma nova avaliação sobre a questão, junto à área de Recursos Humanos, para verificar o problema do desvio de função.
O sindicato reforça que o desvio contraria questões trabalhistas e de segurança, com desrespeito a premissas de saúde e segurança e de normas regulamentadoras. A entidade também destaca que a denúncia do desvio de função não significa uma objeção à manutenção constante das unidades.
“Entendemos a necessidade de manutenção das unidades, sempre cobramos isso, inclusive no que tange à segurança das pessoas e das instalações, deve ser feito realmente um trabalho intenso. Porém, o sindicato sempre vai cobrar a adequação às normas de segurança e saúde para que o trabalhador esteja sempre resguardado dentro da sua atividade”, adiciona Souza.