NF denuncia falta de transparência em informações sobre vazamento de óleo em PCE-1

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O Sindipetro-NF denuncia a falta de transparência nas informações sobre uma ocorrência de vazamento de óleo ao mar, no último sábado, 16, na PCE-1 (Enchova), recentemente vendida pela Petrobrás para a Trident Energy.

O sindicato soube do vazamento apenas pela imprensa, em apuração do jornalista Cléber Rodrigues (aqui), e não recebeu até o momento nenhuma informação oficial sobre o caso.

“Trabalhadores da Plataforma Central de Enchova (PCE-1), na Bacia de Campos, relataram ao blog a formação de uma mancha extensa de óleo no mar, oriunda das atividades de exploração de petróleo. De acordo com fontes, embarcações estão no local, neste sábado (16/03), para amenizar os impactos ao meio ambiente. Até o fechamento da reportagem, o vazamento não tinha sido controlado”, informou o jornalista.

Para o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, este comportamento pouco transparente acaba prejudicando a própria segurança dos trabalhadores.

“Estas unidades [de campos vendidos] estavam nossa representação após a venda, mas para fugir de um sindicato sério as empresas simplesmente foram para outra representação. Resultado: elas têm mais acidentes, pois os problemas que poderiam ser parados no início através de denúncia para os órgãos de governo, se agravam até estourar”, afirma o diretor.

O sindicalista também critica a falta de preocupação do chamado mercado financeiro em relação a essas ocorrências.

“Isso mostra como o mercado é seletivo. Pois verificamos que no site da empresa e no de relações com o investidor, não há menção ao ocorrido. Isso deixa muito obscura a conduta dessa empresa. Que foge de um sindicato sério e não deixa o público ciente do que está acontecendo”, destaca.

Para Vieira, as informações claras são uma obrigação da empresa para com a sociedade. “Tem de lembrar que o lavra de petróleo é uma concessão do governo para fins do interesse público da nação”, argumenta.

A Trident assumiu o controle da PCE-1 e de outras unidades em campos adquiridos da Petrobrás demonstrando dificuldades na operação. Em fevereiro de 2021, o site do Sindipetro-NF registrou preocupação com um vazamento de óleo.