NF está na luta contra redução na produção e demissões na região

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A FUP e os sindicatos, entre eles o Sindipetro-NF, pressionam a Petrobrás para quem tenham mais transparência e que abram negociações sobre as medidas tomadas pela empresa neste momento de enfrentamento à pandemia do coronavírus. O NF tem recebido informações extra-oficiais de que a companhia já tem um plano de redução drástica na produção na Bacia de Campos. A entidade tem confirmado estas informações com os trabalhadores nas unidades. Estava sendo esperada para a tarde de ontem uma posição oficial da companhia, mas não havia ocorrido até o horário de fechamento desta edição do Nascente.

De acordo com as informações iniciais relatadas pelos trabalhadores ao NF, as reduções na produção seriam feitas por meio da hibernação de unidades (PGP-1, PCH-1, PCH-2, PNA-1, PNA-2, P-09, P-07, P-12, P-15, P-32, P-33 e P-37), com o descomissionamento de algumas destas (P-7, P-9, P-12, P-15, P-32 e P-33), parada por tempo indeterminado (P-48,P-75 e P-77), além da diminuição de percentual em torno de 30% da produção em várias outras unidades.

Os impactos serão dramáticos para a economia do país e da região. Estados e municípios sofrerão com grande redução nos repasses dos royalties do petróleo. Empresas do setor petróleo privado, que já começam a demitir, tendem a acentuar as dispensas. Na Petrobrás, houve anúncio nesta semana de um novo PIDV (Plano de Demissão Voluntária).

Demissões

Na semana passada a empresa Elfe Engenharia, que já teve trabalhadores sindicalizados ao NF, anunciou a demissão mais de 300 empregados, sob o argumento de que estão impactados pelas incertezas impostas pela pandemia.

Segundo informações publicadas no site Click Petroleo, o Grupo Cobra que possui contratos na área de manutenção também demitiu cerca de 25 trabalhadores de sua base onshore em Macaé, e há relatos dos trabalhadores que mais 150, que atuam em operações offshore também terão mesmo destino.

A diretoria do Sindipetro-NF está muito preocupada com essas demissões em um momento crítico para a classe trabalhadora. “É preciso garantir uma renda e a estabilidade desses trabalhadores. É preciso que as empresas conversem com os sindicatos e negociem uma forma melhor de atuar nesse momento”, explica o coordenador do sindicato, Tezeu Bezerra.

É importante que os trabalhadores das empresas que têm Acordo assinado com o NF não aceitem negociações individuais e procurem o sindicato. “Vamos tentar manter o emprego e renda que pertencem à nossa categoria”, disse Tezeu.