Para Petrobrás, proposta 100% rejeitada tem avanços. É sério isso?

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Da Imprensa da FUP – Em meio ao maior desmonte da história da Petrobrás, os petroleiros enfrentam uma campanha reivindicatória com ameaças de demissão, retirada de direitos, ataque à organização dos trabalhadores e reajuste que não cobre sequer a metade da inflação do período.

Não por acaso, a proposta de Acordo Coletivo apresentada pela empresa foi rejeitada em todas as assembleias, com ampla participação da categoria, de Norte a Sul do país.

Os gestores, no entanto, afirmam, na cara de pau, que a proposta tem avanços.  Insistem no desmonte do Acordo Coletivo e admitem o que o Gerente Executivo de Gestão de Pessoas, Cláudio Costa, já havia anunciado: vai haver demissões, sim.

Na reunião com a Petrobrás nesta sexta-feira, 26, a FUP e a FNP tornaram a cobrar a manutenção dos direitos da categoria e reafirmaram que não irão tolerar demissões à revelia do Acordo Coletivo, como as gerências vêm ameaçando.

Os representantes da gestão Bolsonaro reconheceram durante a reunião que os trabalhadores com gerenciamento de desempenho (GD) abaixo de 70% podem ser demitidos, sim. E foram além: estão ocorrendo demissões em função dessa orientação.

Quando a direção da Petrobrás terceirizou para o mercado o RH da empresa, o recado já havia sido dado. Na palestra que fez no Edisp, Cláudio Costa, avisou: “Partes da empresa serão privatizadas, outras partes não serão privatizadas, mas terão uma gestão empresarial com foco de geração de valor para os acionistas”.

Ele também revelou que a Petrobrás estava estudando contratar “consultoria para trazer suporte na realocação de profissionais, para quem não permanecer na companhia”. Na reunião com a FUP e a FNP, representantes da empresa admitiram que isso já está acontecendo.

Segurança no emprego, liberdade sindical, direitos para os trabalhadores próprios e terceirizados são conquistas do Acordo Coletivo construídas por diversas gerações de petroleiros. Nenhuma das cláusulas do ACT caiu do céu ou foi sorte. Todas foram garantidas na luta.

O Acordo é Coletivo e é no Coletivo que ele será mantido. Não há saída individual.

Participe das mobilizações convocadas pela FUP e pelos sindicatos:

30/07 (terça) –  bases da Transpetro

31/07 (quarta) – refinarias e fábricas de fertilizantes

01/08 (quinta) – áreas de E&P e termoelétricas

02/08 (sexta) – bases administrativas e usinas de biodiesel