FUP – Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 11, revela que 68% dos brasileiros são contra à política de reajustes de combustíveis utilizada atualmente pela Petrobras, que atrela os valores à variação internacional do barril de petróleo e ao dólar.
Essa parcela da população acredita que “o governo deve controlar a Petrobras e baixar os preços dos combustíveis e do gás, mesmo que (a estatal) possa ter prejuízo”, enquanto 26% consideram que o governo deveria deixar a Petrobras “livre para definir o preço dos seus produtos e buscar lucro como outras empresas”.
A alta no preço do diesel devido à política de preços da Petrobras foi a principal causa da paralisação de caminhoneiros no mês passado, que durou mais de 10 dias e só terminou após o governo atender a uma série de demandas, inclusive redução no preço do combustível, gerando elevado custo fiscal.
Responsável por implantar a política de reajuste de preços atrelado ao barril do petróleo no mercado internacional, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo após a decisão do governo de reduzir o preço do diesel.
A pesquisa Datafolha também apontou que 69% dos entrevistados consideram que a greve trouxe mais prejuízos do que benefícios para o país, enquanto 20% apontam o inverso, afirmando terem visto mais ganhos do que perdas.
Durante a paralisação, o Datafolha fez uma pesquisa por telefone sobre a greve dos caminhoneiros que apontou apoio de 87% à greve. No entanto, o instituto ressaltou que não é possível fazer uma comparação entre os números devido à metodologia diferente.
O levantamento também apontou que 72% da população acreditam que a situação econômica do país se deteriorou nos últimos meses, contra apenas 6% que viram melhora. Em abril, 52% dos brasileiros consideravam que havia ocorrido piora no ambiente econômico.
A pesquisa Datafolha ouviu 2.824 pessoas em 174 municípios nos dias 6 e 7 de junho, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.