Petrobrás admite falha no projeto de PRA-1

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Cumprindo determinação da DRT (Delegacia Regional do Trabalho), a Petrobrás apresentou hoje ao Sindipetro-NF o relatório da comissão que investigou as causas do acidente em PRA-1, no dia 24 de setembro. A empresa admitiu ter errado no projeto da unidade.

 

Houve, segundo a companhia, falha de comunicação entre as fases do projeto, o que provocou a interligação inadequada do dreno que causou a explosão do laboratório.

 

“Moderado”

 

Após a apresentação do relatório, em foram exibidas fotos do local da explosão, os diretores do sindicato perguntaram se, ainda assim, a empresa manteria a classificação de “moderado” para o acidente, deixando que um procedimento burocrático se sobreponha à real gravidade do acidente. Os representantes da UN-Rio foram evasivos e disseram que não cabia, ali, aquela pergunta, e que nossos questionamentos sobre esse tema seriam esclarecidos pelo diretor de E&P, Guilherme Estrella, em resposta ao oficio protocolado pelo sindicato.

 

Diante da resposta evasiva dos representantes da empresa, o sindicato encerrou a reunião.

 

Mudanças em análise

 

Nesta tarde, o sindicato recebeu ofício de Estrella, em resposta a documento do NF protocolado na semana passada. 

 

O ofício da empresa não reconhece a gravidade do acidente. Apenas afirma que “foi solicitada análise sobre a possibilidade de considerar o potencial de causar vítimas fatais como critério adicional para classificação dos acidentes”.

 

Esta solicitação, inclusive, é resultado de uma determinação da DRT, para que a empresa reveja até dezembro as suas normas sobre classificação de acidentes.

 

No documento, o diretor Estrella afirma, equivocadamente, que o Sindipetro-NF não apresentou questionamentos sobre o acidente na reunião que a entidade teve com a empresa no último dia 28. Na verdade, o sindicato registrou a necessidade de fazer um embarque na unidade para verificar se os problemas estavam efetivamente resolvidos.

 

O Sindipetro-NF, como tem registrado nos boletins Nascente e no próprio documento enviado ao diretor Estrella, lamenta que a empresa se mostre burocrática e insensível diante de um acidente de tamanha gravidade.

 

 

Imprensa do NF – 06/11/2008