“Um cara alegre, divertido, o maior contador de história, com um coração enorme. Fazia tudo pelas suas duas filhas. Muito, muito trabalhador. Seu trabalho era tudo para ele. Estava reconstruindo a sua vida, com uma pessoa bacana. Faltava tão pouco para ele aposentar e aproveitar mais a vida. Ele em breve iria se tornar avô”.
É assim que Jamyle Rangel, 23 anos, descreve o petroleiro João Batista dos Santos Rangel, 55 anos, que morreu no último sábado, 30, em Campos dos Goytacazes, vítima da covid-19. Empregado na CSE Aker solutions, ele atuava na plataforma PCE-1 e há 22 trabalhava embarcado na Bacia de Campos. O neto que está a caminho é da outra filha, Jacqueline Rangel Ferreira, 26 anos.
Jamyle conta que o petroleiro desembarcou no dia 24 de abril, com muita falta de ar e febre. No dia 29 foi internado no Hospital da Unimed, em Campos. No dia 2 de maio o seu quadro se agravou e ele foi levado para a UTI, com covid-19, pneumonia e infecção pulmonar. Às 2h15 da madrugada do sábado, o petroleiro não resistiu.
João Batista foi sepultado no próprio sábado, às 13h, também em Campos dos Goytacazes. A família e os amigos lamentam que, em razão das restrições da pandemia, nem mesmo um velório pôde ser realizado. “Não pudemos nos despedir dignamente”, relata Jamyle.
O Sindipetro-NF lamenta a morte do companheiro e registra as suas condolências aos familiares, amigos e colegas da Bacia de Campos.
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