A categoria petroleira de todo país está de luto e em luta pela vida. Durante 24 horas vão se manter mobilizados para mostrar sua insatisfação com as mortes que aconteceram no sistema Petrobrás, em especial a que vitimou cinco trabalhadores que estavam a bordo do FPSO São Matheus, no Espírito Santo.
Os petroleiros do Espírito Santo, onde o último acidente aconteceu, fizeram corte de rendição e realizam agora um trancaço no aeroporto de Vitória, com a presença do Coordenador da FUP José Maria Rangel. Na Refinaria Grabriel Passos em Betim/MG, também houve corte de rendição às 23h45 e pela manhã foram aprovadas mais 8 horas de corte. Na refinaria de Abreu Lima em Pernambuco, o corte de rendição acontece desde zero hora.
Ontem, os trabalhadores da Refinaria de Paulínia, São Paulo, entraram em greve. O movimento foi deflagrado na entrada do turno das 15h30. E hoje os funcionários do setor administrativo não entraram na empresa. Outras bases do Unificado de São Paulo estão aderindo ao movimento.
“Não podemos mais permitir que os trabalhadores exerçam suas funcões num ambiente inseguro, correndo risco constante de acidentes”, afirmou o coordenador da Regional Campinas do Unificado, Gustavo Marsaioli.
Na Bacia de Campos, acontece uma paralisação de Permissão para o Trabalho (PT) por 24 horas. A zero hora de hoje, 13, algumas plataformas deflagraram o movimento e outras estão realizando assembleias de adesão agora pela manhã.
Durante essas assembleias, o Sindipetro-NF orienta que a categoria debata sobre a insegurança a bordo e a respeito do processo de terceirização de sua unidade, discriminando em ata o percentual de trabalhadores da Petrobrás a bordo. Também é preciso que se posicionem contra o Projeto de Lei 4330 que acaba de voltar ao plenário da Câmara dos Deputados.