Petroleiros em passeata denunciam aumento do desemprego com desmonte da Petrobrás

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Petroleiros em greve saíram em passeata da sede da empresa em Imbetiba até o início do calçadão da Av. Rui Barbosa para denunciar os impactos da privatização da Petrobras na cidade e mostrar a importância do movimento.

Mais de 100 trabalhadores participaram da passeata levando faixas e gritando palavras de ordem como “Defender a Petrobrás é defender o Brasil” e “Petroleiros e Petroleiras, luta e resistência”.

O movimento estudantil esteve representado na atividade e falou da importância da união dos movimentos sociais. “Os estudantes historicamente defenderam que o petróleo sirva ao povo. Agora não vai ser diferente! Estamos aqui juntos com os petroleiros pra dizer que o petróleo é do povo brasileiro e deve cada vez mais servir à saúde e educação pública nesse país!” – disse a estudante Rafaela Corrêa, da União da Juventude Rebelião.

O Coordenador do Sindipetro-NF fez questão de denunciar a população os motivos da greve. “Estamos em greve e precisamos do apoio de todos em defesa dos empregos, uma Petrobrás para o povo e para o Brasil. A mídia não vai conseguir esconder a nossa greve. Vamos conseguir mostrar nossa greve usando as redes sociais. Se não tem Petrobrás, não tem plataforma, não tem emprego!” – disse.

Ao chegar no encontro da Avenida Rui Barbosa com Silva Jardim a passeata recebeu apoio das pessoas que passavam e dos comerciantes locais. Muita gente parou para escutar o que os petroleir@s falavam.

O vereador Marcel Silvano esteve na passeata e alertou os macaenses sobre a destruição que a Petrobras vem sofrendo nos últimos governos.  “Eles fingem que os 35 mil desempregados dos últimos quatro anos de governo não tem a ver com as políticas equivocadas, que estão destruindo a Petrobrás e com a política de desmonte da empresa adotada, entregando a empresa para o mercado internacional, que estão desmobilizando nossas plataformas e os campos de petróleo. Transformando os municípios da Bacia de Campos em experiências vivas de injustiça, desemprego, fome e desigualdade.”

O trânsito ficou paralisado durante uma hora para que os trabalhadores e trabalhadoras conseguissem dar seu recado ao comércio local e aos moradores da cidade que serão os principais impactados com o fechamento de postos de trabalho diretos e indiretos.

De acordo com estudo do Dieese, a redução de investimentos da Petrobras foi de 62% na comparação entre 2013 e 2018. Em decorrência desse encolhimento da Petrobrás, o desemprego aumentou no Norte Fluminense. Em 2018, o efetivo (número de trabalhadores) no setor petróleo na região já estava 55% menor do que em 2014, com 3.526 empregados próprios e 29.743 empregados terceirizados a menos.

A greve

A categoria petroleira está em greve desde 1º de fevereiro. No Norte Fluminense, o movimento conta, até o momento, com a adesão de 35 plataformas e de bases de terra de Macaé.

Essa greve é legítima, cumpre toda a legislação e está amplamente amparada no direito dos trabalhadores protestarem em defesa do seu trabalho e do seu sustento.

Os trabalhadores protestam contra as demissões de cerca de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, contra o desmonte da companhia e contra a política de preços dos combustíveis que penaliza a população.