Do boletim Nascente – Cerca de 80 mil trabalhadores de empresas privadas do Setor Privado na indústria do petróleo deverão ser abrangidos por uma conquista da FUP e dos Sindipetros junto à Petrobrás: a previsão, em contrato, de plano de saúde para os empregados e dependentes. A mudança atinge aos contratos com mais de um ano de duração que foram firmados a partir de dezembro de 2023.
De acordo com o suplente da diretoria da FUP e diretor do Sindipetro-ES, Reinaldo Oliveira, que acompanhou as negociações que levaram à conquista, os contratos passarão a prever este custeio do plano de saúde, com contrapartida do trabalhador de, no máximo, 25%.
Segundo ele, as empresas privadas aceitaram a mudança, que atinge por enquanto as que são contratadas pela Petrobrás — embora defenda-se que esta passe a ser uma prática de todo o setor privado para garantir mais saúde e segurança para os trabalhadores.
“Essa mudança do sistema de contratação incluindo o plano de saúde beneficiará mais de 80 mil trabalhadores e demonstrará uma grande conquista após a vitória do presidente Lula e a mudança do comando da Petrobrás”, afirma o sindicalista.
Enquanto isso, aumentos
O Sindipetro-NF tem recebido relatos de trabalhadores sobre aumentos nas mensalidades dos planos de saúde, justamente às vésperas dessa mudança. Um destes casos é o da empresa RIP, que teve a situação publicada pelo site do sindicato. “Isso não está alinhado com o que foi prometido para os contratos antigos. Isso cria a revolta do pessoal, porque frustra as expectativas”, explicou o coordenador do Departamento de Saúde do NF, Alexandre Vieira.
“Esse tipo de coisa mexe com a cabeça do trabalhador, pode levar a uma baixa estima, interferir em sua saúde e foco no trabalho. São seres humanos que precisam de esperança e segurança para trabalhar sem que questões não relacionadas diretamente ao trabalho aumentem o risco de adoecimento e de se acidentar a bordo”, adiciona o diretor.
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