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INCENTIVO DA FAMÍLIA, DO TRABALHO tenham oportunidade de represen-
E DA CIDADE ta-las sejam em outras cidades ou
estados. Quem sabe fora do País.
Ambos maratonistas recebem “Em 2014 a prefeitura promoveu
todo apoio da família. Carlos apenas uma corrida, durante o
Diego é casado e tem uma filha Verão. Conheço pessoas que
de seis meses. “Minha esposa me tentam promover eventos esporti-
incentiva bastante e adora vos na cidade e além de não
quando participo de alguma receberem apoio, ainda são
corrida fora de Macaé, pois assim sobretaxados pelo uso do espaço
podemos conciliar o esporte com público. É uma lástima”, criticou
o lazer”, disse. R omildo também Carlos Diego.
é casado e tem três filhas. “Elas Ao contrário de Macaé, V olta
são minha fortaleza”, declarou Redonda dá seu exemplo, segundo
ele. Romildo. “Na minha cidade sempre
Já no trabalho, o incentivo vem acontece a Corrida da P az, que é
dos colegas de trabalho, confor- realizada no fim do ano, com
O apoio da família foi fundamental para me conta Carlos, porém revela premiações em dinheiro para os
Carlos completar o Cross Country de
Búzios em 2014 que não há apoio formal por parte primeiros colocados, seja geral ou
da empresa. “Todos na empresa, faixa etária. Temos também uma
para Romildo, está a primeira que inclusive os gerentes, sempre equipe de corridas chamada
participou, realizada na sua cidade. parabenizam pela minha determi- Corações de Aço, pela qual recebe-
“Foi de dez quilômetros e fiz num nação. Acredito ser muito impor- mos apoio financeiro”, disse.
tempo bom para iniciante. Mas o tante este apoio, pois cria certa
que me marcou foi ver minha responsabilidade de procurar
esposa e minha filha me aplaudindo sempre dar o meu melhor”, IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO
MÉDICO E PROFISSIONAL
muito emocionadas. Essa imagem comentou Carlos.
eu trago comigo em todas as Romildo lamenta a falta de apoio Começar a praticar maratonas ou
provas que participo”, declarou o por parte da empresa, inclusive corridas pode parecer simples, mas
maratonista. no circuito de corrida que aconte- não é. Não basta apenas
Assim como Carlos Diego, Romildo cia anualmente em vários estados empolgação, motivação e vontade.
também quer atravessar fronteiras. do Brasil e que sua empresa Essa é a parte fácil. Na verdade, a
Seu sonho é correr a meia marato- patrocinava. “Há três anos o parte que merece atenção se
na de Buenos Aires, na Argentina. circuito não acontece. Eles falam refere aos cuidados que o aspiran-
Mas, além disso, o atleta quer tanto que se preocupam com a te, o amador ou profissional devem
compartilhar sua experiência e saúde de seus funcionários, mas ter em relação à saúde.
alcançar resultados com a ação acabaram com o circuito de Tanto o Carlos, quanto o R omildo
social. “Meu sonho é motivar os corridas. Vai entender né?”, não se consideram maratonistas
jovens ocuparem seu tempo com lamentou. profissionais. Ainda sim, se
atividades físicas e ajuda-los a sair Carlos enfatiza a falta de investi- autonomeando como amadores ou
das ruas. Quem sabe assim dimi- mento no município de Macaé em semiprofissionais, eles tiveram o
nuiremos o número de apoio aos atletas que praticam cuidado de procurar profissionais
criminalidade em nosso país e esse esporte. Para maratonistas, de saúde e educação física para
também possamos virar uma ainda que amadores, o incentivo auxiliá-los no começo.
potência nas Olimpíadas”, relatou tem que partir de casa, ou seja, “Eu faço exames médicos regular-
atleta de V olta Redonda.
da cidade que residem, para que mente, inclusive voltados para a

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