Sindicatos dialogam nas bases sobre construção da greve contra privatização da Petrobrás

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Das Imprensas do NF e da FUP – Sindicatos petroleiros filiados à FUP estão em debate em suas bases, até o próximo dia 12, sobre a construção de uma greve nacional contra a privatização da Petrobrás. Após as consultas à categoria, um Conselho Deliberativo da Federação será chamado para avaliar as propostas discutidas nas bases e definir os próximos passos da mobilização.

“No NF, diretores e diretoras sindicais dialogam nos aeroportos em setoriais desde o início do mês. Os contatos também serão travados nas bases de terra a partir dos próximos dias”, explica o coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.

A organização da paralisação é uma reação dos petroleiros e das petroleiras ao anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo o ministro Paulo Guedes de que a privatização da Petrobras está “no radar”. O governo prepara, a portas fechadas, um projeto de lei que autoriza a União a entregar ao mercado financeiro as ações que ainda restam sob controle do Estado brasileiro. Ou seja, para acelerar a privatização da maior empresa nacional, o governo Bolsonaro quer alterar a Constituição, com o aval da Câmara e do Senado, como está fazendo com os Correios e como já fez com o Sistema Eletrobrás.

O legado de gerações de trabalhadores que deram a vida pela Petrobrás está sob ataque e, mais do que nunca, é fundamental que os atuais petroleiros e petroleiras da ativa e aposentados se somem a esta luta. O que está em risco é o futuro do Brasil enquanto nação. Todos perdem com a privatização da Petrobrás e os petroleiros, mais do que ninguém, sabem disso.

Além de construir no dia a dia as riquezas geradas pela empresa, a categoria petroleira sempre esteve na vanguarda da luta para que a Petrobrás cumpra o seu papel público e social, garantindo o abastecimento da população, com preços justos, e o desenvolvimento nacional, com geração de empregos e riquezas para o povo brasileiro. Não à toa, as greves petroleiras são um marco na história de resistência da classe trabalhadora.

Mais uma vez, a categoria apontará, com luta e organização, o caminho do enfrentamento. Se não fosse a resistência dos petroleiros, o processo de privatização da Petrobras estaria muito mais avançado, como ressalta o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar: “Não vamos aceitar de forma alguma calados esse projeto de privatização. Não vamos permitir isso. A categoria petroleira vai responder à altura.”

[Publicado na edição 1212 do Nascente]