Sindipetro-NF convoca ato contra privatização da Petrobras no dia 30

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O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense convoca os trabalhadores e trabalhadoras do sistema Petrobras e das empresas terceirizadas a realizar um grande ato no dia 30 de abril no Terminal de Cabiúnas contra a privatização e por mais empregos.  A manifestação tem também o objetivo de denunciar os prejuízos para o Brasil com a política do preço dos combustíveis, adotada pelo governo federal, de reajuste com maior periodicidade.

No país esse ato será às 7h nas oito refinarias das 13 da Petrobrás, que foram colocadas à venda. Veja as unidades que estão na lista de venda imediata.

  • Refinaria Abreu e Lima;
  • Unidade de Industrialização do Xisto;
  • Refinaria Landulpho Alves (RLAM);
  • Refinaria Gabriel Passos (REGAP);
  • Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR);
  • Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP);
  • Refinaria Isaac Sabbá (REMAN);
  • Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR).

Combustíveis

Os petroleiros sabem que não será venda de refinarias que fará o preço dos combustíveis cair, muito pelo contrário, nas mãos da iniciativa privada esse preço tende a subir.

O governo é o principal acionista da Petrobras, cabe a ele promover políticas públicas para defender o interesse dos brasileiros e  abastecer o mercado interno. Nas mãos da iniciativa privada, são essas empresas que juntas controlarão o preço da gasolina e do diesel.

Enquanto a Petrobras se mantiver estatal, sua orientação deve ser em nome do interesse coletivo, e não baseada exclusivamente em critérios econômico e financeiros.

O petróleo não é da Petrobras, mas do povo brasileiro, ou seja, é seu! Você gostaria que vendessem um bem que é seu para outros e depois você tivesse que pagar mais caro para usá-lo? É isso que querem fazer.

Empregos

Segundo o economista Iderlei Colombini do Dieese a Petrobras chegou a ter 86.612 empregados próprios e 360.712 terceirizados em 2012. Em 2018, esse número caiu para 63.361 trabalhadores próprios e 116.065 terceirizados, de acordo com o Relatório Anual da Petrobras de 2018.

Na Bacia de Campos ocorreu uma queda de 27% no número de trabalhadores da Petrobras de 13.186 para 9.660. Com essa nova política foram os terceirizados que mais uma vez sofreram. O número de empregos de terceirizados na Bacia de Campos caiu 63%, de 47.438 para 17.695.

Sem falar nos salários que caíram drasticamente. Um trabalhador terceirizado na área administrativa que ganhava 5 mil, hoje não consegue ganhar mais de 2 mil e ainda perdeu uma série de benefícios como o Plano de Saúde.

“Não podemos negar que a Petrobras é a maior empresa brasileira responsável, por uma grande cadeia produtiva ao seu redor que gera emprego para brasileiros” – diz Marcelo Nunes, diretor do Sindipetro-NF. O sindicato convoca a toda categoria petroleira do Norte Fluminense a estar unida nesse ato, amanhã, 30 no Terminal de Cabiúnas para lutar contra a entrega dessa empresa para o mercado.