Sindipetro-NF se solidariza a José Sérgio Gabrielli

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O Sindipetro-NF se une ao Sindipetro-BA (aqui) e a tantos outros sindipetros e à FUP na defesa do comportamento ético e do legado na Petrobrás de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da companhia.

A entidade considera equivocada a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) que atribui ao então gestor da empresa a responsabilidade por um suposto mau negócio na compra da refinaria de Pasedena, no Texas (EUA), em 2006.

Na mesma decisão, o TCU inocentou corretamente a ex-presidenta Dilma Rousseff de igual acusação. Na época da compra da refinaria, ela era ministra das Minas e Energia no primeiro governo do ex-presidente Lula e presidia o Conselho de Administração da Petrobrás.

Gabrielli é apontado pelo tribunal como tendo incorrido em “pretensa falta de cumprimento do dever de lealdade para com a Petrobras”, partindo-se do pressuposto de que seria possível prever, naquela conjuntura de expansão e investimentos da empresa, que o negócio precisaria ser desfeito por valores inferiores ao investido.

No entanto, técnicos e auditores do próprio tribunal haviam se manifestado no processo pela exclusão de Gabrielli das acusações, o que enseja a percepção de que a sua condenação, agora, contém viés político e não está assentada em uma visão objetiva dos fatos.

O movimento sindical petroleiro testemunha o nacionalismo, a responsabilidade e o zelo com que Gabrielli cumpriu as suas obrigações como presidente da Petrobrás – sendo até hoje uma voz lúcida na defesa do fortalecimento da empresa para que seja cumprida a sua missão de ser indutora do desenvolvimento do país e promotora de justiça social.

Os retornos dos investimentos na área do petróleo são de longuíssimo prazo e estão sujeitos a variações geopolíticas e conjunturais de grande impacto. No caso de Pasadena, um complexo rentável de refino e comercialização de petróleo, o cenário era promissor em 2006, sua compra atendeu ao Planejamento Estratégico da companhia e se deu por valor abaixo do mercado.

Naquele momento, a Petrobrás, altiva, tinha como meta ampliar as suas atividades no exterior, aumentando a importância do Brasil no setor petróleo – ao contrário do apequenamento da empresa que ocorre hoje.

A crise econômica de 2008, no entanto, provocou um revés no consumo de derivados e reduziu as margens de lucro do setor. Em paralelo, desavenças entre a Petrobrás e a sócia levaram a uma disputa judicial, concluída em 2012. A refinaria acabou sendo vendida em 2019 para a Chevron – que, certamente, também não imagina vir a ter prejuízos com o negócio.

O caso Pasadena é mais um destes que só se tornaram um “caso” em razão de vivermos sob o manto da perseguição ideológica dos setores conservadores do país ao legado progressista dos governos Lula e Dilma. Não passarão.
Toda solidariedade a José Sérgio Gabrielli.

Diretoria do Sindipetro-NF
Macaé, 16 de abril de 2021.

 

[Foto: Divulgação/Petrobrás]