Na tarde de sexta, 8, foi entregue na sede do Sindipetro-NF em Campos um manifesto dos trabalhadores de PCH-2 com 30 assinaturas de petroleiros. O manifesto relata o fato de trabalhadores serem transferidos de sua unidade sem sequer ser informados do fato.
Em PCH-2 dois trabalhadores, Jayme Veloso e Reginaldo Santana, foram tranferidos à revelia. Esse fato é muito semelhante ao relatado em documento por PNA-1 em relação à transferência do Técnico de Instrumentação, Paulo Alves.
Segundo apurou o sindicato havia outras pessoas interessadas em ir para PCM. A forma desrespeitosa como foram realizadas as tranferências impediu uma negociação, que poderia atender aos interesses da empresa e dos trabalhadores.
Para o sindicato a empresa precisa responder sobre as denuncias de redução de efetivo e desvio de função. Leia abaixo o manifesto entregue.
Manifesto da plataforma Cherne 2
Nós embarcados em PCH-2 constatamos que nos últimos dois anos implantou-se uma política de transferência de residentes desta plataforma. Muitas destas transferências fizeram-se com profissionais de alta experiência e dignidade profissional. A impressão que temos é que para os nossos líderes esta qualidade de bons profissionais parece ser negativa, pois acabam sendo transferidos.
Primeiro foram transferidos profissionais de segurança, depois de inspeção ; o que resultou na perda de técnicos com anos de experiência em PCH-2 para outras unidades, processo este que acaba deixando a segurança da plataforma de certa forma um pouco fragilizada. Acidentes aconteceram, inclusive o incêndio no módulo 5.
Agora com desvio de função, operadores estão sendo transferidos à revelia para o PCM. Mesmo com o setor operacional com efetivo reduzido.
São dois operadores muito respeitados e defensores da dignidade humana, Reginaldo Santana e Jayme Veloso. É bom destacar o excelente nível técnico destes operadores, sendo assim nós abaixo assinado repudiamos esta transferência forçada e exigimos que os companheiros retornem ao nosso convívio.
Essas atitudes gerenciais colocam em cheque o próprio discurso pregado pelas lideranças da Petrobras nesta plataforma, que falam tanto em código de ética, transparência administrativa, clima de cordialidade e parceria em PCH-2, porém praticam um gerenciamento que nega categoricamente tais argumentações.
