Da Imprensa da FUP – Em comunicado aos empregados, a Petrobrás informou, ontem, que ajuizou Dissídio Coletivo de Greve junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), após os trabalhadores das bases dos sindicatos NF, RJ, LP, AL/SE e PA/AM/MA/AP rejeitarem nas assembleias a proposta de Acordo Coletivo e aprovarem a continuidade da greve.
A direção da FUP cobra que seja cumprida a cláusula do atual ACT, em que a empresa se compromete a priorizar a mesa de negociação. A federação repudia mais essa medida autoritária da gestão Magda, que vinha tentando empurrar a greve petroleira para a judicialização, mesmo em meio às interlocuções que as lideranças sindicais vinham realizando para buscar o atendimento dos três eixos de luta da categoria.
Lembramos que as “ameaças” da empresa de protocolar dissídio coletivo contra os sindicatos começaram a ser disseminadas no sábado, dia 20, quando a FUP encerrava a reunião diária de avaliação com as coordenações dos sindicatos. Para pressionar a gestão a formalizar os avanços sinalizados durante as interlocuções, a FUP enviou documento ao RH na manhã de domingo, 21, cobrando a retomada da negociação, o que resultou na apresentação de uma nova contraproposta.
Após o Conselho Deliberativo encaminhar pela busca dos pontos que precisavam avançar, a FUP tornou a se reunir com a empresa na segunda, dia 22, ainda sob a ameaça de que a gestão ingressaria com o dissídio no TST no dia seguinte, 23/12.
Após esgarçar todos os caminhos negociais, mesmo com a greve em curso, o CD da FUP optou pelo indicativo de aceitação, condicionando a assinatura do ACT à análise minuciosa das minutas e das cartas-compromisso enviadas pela Petrobrás e suas subsidiárias. A deliberação das assembleias nas bases dos 9 sindicatos que aprovaram o indicativo do CD foi fundamental para impedir que a empresa protocolasse o dissídio já do no dia 23. Devido a essa construção coletiva, foi possível garantir a manutenção da integralidade da proposta para os outros 4 sindicatos que só aprovaram o Acordo nesta sexta.
Portanto, a aprovação do Acordo e das cartas-compromisso pelos 13 sindicatos da FUP contribui para que evitemos ao máximo os retrocessos que possam ocorrer durante o processo de dissídio coletivo em relação à proposta apresentada pela Petrobrás.
A FUP reitera o repúdio aos ataques da gestão Magda contra a organização sindical petroleira e reafirma o compromisso em seguir junto ao Sindipetro NF por uma solução justa para o impasse, sempre respeitando a decisão soberana das assembleias da categoria.











