A greve dos petroleiros e petroleiras no Norte Fluminense completa, neste domingo (28), o 14º dia de mobilização com forte adesão da categoria. Como parte central da agenda do dia, o Sindipetro-NF convoca os trabalhadores e trabalhadoras em greve para uma plenária às 13h, nas sedes do sindicato em Macaé e Campos dos Goytacazes. Logo após a atividade, às 14h30, será servido um almoço coletivo para os grevistas, reforçando a organização e a unidade do movimento.
Desde as primeiras horas do dia, a diretoria sindical segue mobilizada com piquetes nos aeroportos de Macaé e Campos, além da base de Cabiúnas, mantendo o diálogo direto com a categoria e orientando sobre a importância da continuidade da greve, que já se consolida como um movimento histórico na região.
O coordenador geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, destacou que duas semanas de greve já renderam avanços importantes. “Completamos hoje nosso 14º dia de greve. São duas semanas de um movimento histórico, não só pelo nível de adesão desde o início, mas também pelas vitórias que a gente vem conquistando, seja por novos benefícios no ACT, seja pelos reveses que a empresa acabou sofrendo”, afirmou.
Sérgio explicou que, na última sexta-feira, a Petrobras ingressou com dissídio coletivo contra os sindicatos que seguem em greve e obteve uma liminar determinando a manutenção de 80% do efetivo, sob pena de multa diária. No entanto, segundo ele, a própria decisão expôs fragilidades da empresa. “A liminar admite que a Petrobras já vinha operando abaixo do efetivo mínimo, colocando em risco trabalhadores, trabalhadoras e as próprias instalações”, alertou.
O jurídico do sindicato questionou junto ao Tribunal Superior do Trabalho a base de cálculo desses 80%, já que a empresa nunca havia fornecido oficialmente os números de efetivo. Como resultado, a Justiça determinou que a Petrobras apresente informações detalhadas sobre quantitativos, cargos, plataformas e funções. Até que esses dados sejam entregues, a liminar está suspensa, o que afasta a aplicação de multas aos sindicatos. “É uma vitória concreta da greve. Pela primeira vez a empresa é obrigada a dar transparência a esses números”, ressaltou o coordenador.
No Farol de São Tomé, o diretor Alexandre Vieira reforçou que a orientação à categoria permanece a mesma. “Os companheiros e companheiras devem se apresentar diretamente ao sindicato, onde há hotel e toda a estrutura de transporte e alimentação. A greve é um direito, está considerada legal, e não existe negociação direta entre empresa e grevista. Qualquer contato deve ser feito por meio do sindicato”, afirmou.
A direção do Sindipetro-NF reforça a importância da plenária das 13h, como espaço de informação, debate e fortalecimento da luta coletiva reafirmando que a greve segue firme, forte e dentro da legalidade no Norte Fluminense.











