Assembleia histórica do Administrativo no Juquinha aprova todos indicativos do NF

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Em assembleia histórica reunindo petroleiros e petroleiras das bases de Imbetiba, Parque de Tubos e Edinc, a categoria petroleira atendeu ao chamado do Sindipetro-NF e rejeitou a terceira contraproposta da Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho, considerada a “final” pela empresa, além de aprovar todos os demais indicativos do sindicato. Cerca de 2 mil trabalhadores participaram da assembleia no Ginásio do Juquinha, no Centro de Macaé, no final da manhã e início da tarde.

Para o indicativo 01, de manutenção das negociações, foram 1556 votos favoráveis, 202 contrários e 151 abstenções. Para o indicativo 02, de prorrogação dos efeitos do atual ACT, foram 1649 votos favoráveis, 118 contrários e 142 abstenções. Para o indicativo 03, de rejeição da contraproposta da empresa, foram 1311 votos favoráveis [à rejeição], 463 contrários e 135 abstenções. E para o indicativo 04, de realização de greve, foram 975 votos favoráveis, 629 contrários e 305 abstenções. No total, 1909 petroleiros e petroleiras votaram na assembleia.

Desde cedo os petroleiros se mobilizaram no deslocamento para o Ginásio do Juquinha, por meio dos transportes fornecidos pelo sindicato. A estratégia de realização da assembleia unificada e fora das bases foi tomada para garantir a liberdade de votação dos trabalhadores, que estão sendo coagidos pelas gerências em seus locais de trabalho. Outra medida foi a adoção da votação secreta por cédula, evitando expor os trabalhadores.

De acordo com o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, “tudo transcorreu com mais perfeita harmonia e os trabalhadores mostraram a sua força, que estão dispostos a lutar contra a privatização da Petrobrás e na defesa dos seus direitos”.

Coordenador geral da FUP, José Maria Rangel também destacou a importância da assembleia. “Estamos aqui para debater a última proposta da Petrobrás e esse momento político que a gente vive no país, onde está imperando o autoritarismo, um país que quer vender as suas riquezas, um estado que quer lavar as mãos em relação ao desenvolvimento do Brasil”, afirmou.

A categoria petroleira segue em assembleias até esta sexta, 30. Assembleias nos aeroportos onde há troca de turmas da Bacia de Campos permitirão que os petroleiros offshore votem sobre os indicativos do sindicato. À bordo, participarão de abaixo assinado que denuncia a coação dos gerentes, a privatização da Petrobrás e os ataques a dezenas de direitos do Acordo Coletivo.