O indicativo da FUP de greve nacional por tempo indeterminado está sendo aprovado por mais de 90% dos trabalhadores nas assembleias, que começaram dia 30 de abril e prosseguem até domingo (13). É a resposta dos petroleiros à gestão Pedro Parente, que está promovendo o maior desmonte da história da Petrobrás.
A greve já foi aprovada no Rio Grande do Sul, no Espírito Santo, em Pernambuco/Paraíba e na Fafen-PR, base do Sindiquímica-PR. No Amazonas, a última assembleia acontece hoje (10), à noite, em Coari.
Nesta sexta-feira (11), a consulta aos trabalhadores será encerrada em Duque de Caxias, Bahia, Minas Gerais, Paraná/Santa Catarina e no Rio Grande do Norte. Em todas estas bases, os resultados parciais já confirmam ampla aprovação da greve.
O mesmo acontece nos outros três sindicatos da FUP, cujas assembleias se estendem até o final de semana: São Paulo, Norte Fluminense e Ceará/Piauí. Confira as parciais no final da matéria.
Estancar o desmonte feito por Parente
Desde que foi colocado pelos golpistas no comando da Petrobrás, Pedro Parente já entregou à concorrência mais de 30 ativos estratégicos da empresa, como campos do pré-sal, sondas de produção, redes de gasodutos do Sudeste e do Nordeste, distribuidoras de gás, petroquímicas, termoelétricas e usinas de biocombustíveis.
Soma-se a isso a venda da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da Unidade de Fertilizantes-III (Fafen-MS), que estão sendo adquiridas pela multinacional russa ACRON, e a privatização de quatro refinarias (Refap, Repar, Rlam e Abreu e Lima), seis terminais aquaviários, seis terminais terrestres e 46 dutos, que foram colocados à venda no dia 27 de abril.
Além desses ativos estratégicos, ele também abriu para o mercado a privatização de 71 campos de produção terrestre, 33 campos de águas rasas e outros três de águas profundas; o setor de biocombustíveis (PBio) e a Transportadora Associada de Gás (TAG). Todo esse desmonte do Sistema Petrobrás foi feito em menos de dois anos.
Diante de tantos ataques, a resposta da categoria petroleira não poderia ser outra se não a aprovação e construção de uma grande greve nacional, cuja data será definida pela FUP. As assembleias também estão aprovando um manifesto público em defesa da soberania, pela democracia e contra a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja íntegra pode ser acessada aqui.
QUADRO DAS ASSEMBLEIAS
[Útima atualização 10/05 às 18h35]
- Sindipetro Rio Grande do Sul – assembleias encerradas e greve aprovada por 98,3% dos trabalhadores
- Sindiquímica Paraná – assembleias encerradas e greve aprovada por unanimidade na Fafen-PR
- Sindipetro Espírito Santo – assembleias concluídas e greve aprovada por 84% dos trabalhadores
- Sindipetro Pernambuco e Paraíba – assembleias encerradas e greve aprovada por unanimidade em todas as bases do sindicato
- Sindipetro Amazonas – última assembleia será às 19h desta quinta, 10, em Coari. Parcial aponta aprovação da greve por mais de 70% dos trabalhadores
- Sindipetro Minas Gerais – greve está sendo aprovada por 96% dos trabalhadores. Assembleias prosseguem até sexta, 11
- Sindipetro Bahia – 93% dos trabalhadores consultados estão aprovando a greve. Assembleias prosseguem até sexta, 11
- Sindipetro Duque de Caxias – greve está sendo aprovada por 93,2% dos trabalhadores. Assembleias prosseguem até sexta, 11
- Sindipetro Paraná e Santa Catarina – assembleias estão aprovando por unanimidade a greve. A consulta aos trabalhadores segue até sexta, 11
- Sindipetro Rio Grande do Norte – greve está sendo aprovada por 97,8% dos trabalhadores. Assembleias prossegue até sexta, 11
- Sindipetro Norte Fluminense – 82,3% dos trabalhadores estão aprovando a greve nas assembleias que prosseguem até domingo, 13
- Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo – a greve está sendo aprovada por 84% dos trabalhadores. Assembleias prosseguem até o dia 13
- Sindipetro Ceará – com 92% de aprovação, a greve está sendo referendada nas assembleias, que prosseguem até o dia 14