GREVE 2025

Centrais Sindicais apoiam greve nacional petroleira

Em nota conjunta, as centrais sindicais brasileiras manifestam apoio público à greve nacional dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás, criticam proposta da empresa e cobram aumento real, direitos preservados e valorização

[Com informações da Rádio Peão Brasil]

Todas as centrais sindicais do Brasil apoam a greve nacional petroleira, que teve ínico nesta segunda-feira (15) e segue por tempo indeterminado, até que a gestão da Petrobrás apresente uma nova proposta que contemple os três eixos de luta reivindicados pela categoria.

Em nota assinada pelos dirigentes nacionais da CUT, CTB, Intersindical, Força Sindical, UGT, CSB, NCST e pela Pública Central do Servidor, as lideranças sindicais consideram “vergonhosa” a proposta da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho, que prevê apenas 0,5% de aumento real e tenta retirar direitos, atitude vergonhosa para as centrais. “Representa uma vergonha para uma empresa desse porte e dessa importância estratégica para o Brasil”, destaca a nota.

Os dirigentes ressaltam ainda que a empresa amplia produção e lucros, paga dividendos próximos de R$ 100 bilhões, sem repartir justamente com trabalhadores responsáveis por recordes de produção. “Esse contraste torna a situação ainda mais incoerente e espantosa.”

Os sindicalistas afirmam ainda que: “por ser empresa nacional, estratégica e patrimônio público, a postura intransigente agrava o conflito, levando trabalhadores a iniciar greve nacional como única alternativa legítima coletiva.”

As lideranças sindicais reafirmam apoio total à Greve Petroleira, exigem aumento real significativo, nenhum direito a menos e atendimento imediato das reivindicações apresentadas pela categoria.

Leia a seguir a nota na íntegra:

Nota da Centrais Sindicais – Todo apoio à greve dos petroleiros!

As Centrais Sindicais brasileiras manifestam apoio incondicional à greve dos petroleiros, que tem início nesta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025.

Após semanas de assembleias realizadas em todo o país, a última proposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) — que prevê apenas 0,5% de aumento real, além de tentativas de retirada de direitos — representa uma vergonha para uma empresa desse porte e dessa importância estratégica para o Brasil.

Ao mesmo tempo, no último período, foram registrados aumento da produção e crescimento expressivo dos lucros, assegurando aos acionistas dividendos que se aproximam de R$ 100 bilhões — recursos que não são revertidos de forma justa aos trabalhadores e trabalhadoras que sustentam a Petrobras.

Esse contraste torna a situação ainda mais incoerente e espantosa, sobretudo porque são esses profissionais que, mesmo em meio a crises e instabilidades econômicas, garantem resultados recordes, com uma produção que chega a 4 milhões de barris de petróleo por dia.

A postura intransigente da empresa é ainda mais grave por se tratar de uma empresa nacional, estratégica e patrimônio do povo brasileiro.

Em meio à campanha salarial, essa atitude não deixa aos trabalhadores e trabalhadoras outra alternativa senão o início de uma greve nacional.

Por tudo isso, reafirmamos nosso total apoio à Greve Petroleira e reivindicamos:

  • Aumento real significativo, já;
  • Nenhum direito a menos e atendimento imediato das reivindicações.

São Paulo, 14 de dezembro de 2025

Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Sônia Zerino, presidente da  Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)

Atnágoras Lopes, secretário executivo da CONLUTAS

Nilza Pereira de Almeida, secretária Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor