Depois das assembleias, hora de participar do Seminário de Greve

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Concluídas ontem, as assembleias no Norte Fluminense para avaliar indicativos de mobilização rumo à greve pelo cumprimento de direitos dos petroleiros e petroleiras e contra o desmonte da Petrobrás, com a venda de ativos como refinarias e plataformas, aprovaram a participação da base nas mobilizações nacionais. O indicativo de Estado de Greve foi aprovado com 96,4% de votos favoráveis, 2,9% contrários e 0,7% em abstenções. Também foi aprovado o protocolo NF-Fiocruz de combate à Covid-19.

O próximo passo na construção da mobilização na região será a realização, na próxima terça, 9, do Seminário de Greve, de modo remoto, com inscrições abertas por meio do preenchimento de formulário disponível em is.gd/seminariodegreve2021.

A diretoria do sindicato destaca que é muito importante a participação da categoria no seminário, para que sejam discutidas formas de mobilização neste cenário de pandemia. Além de formatos de greve, os participantes fazem uma análise da conjuntura econômica e política, da Petrobrás e do país.

Reação ao desmonte

De acordo com a FUP e seus sindicatos, a greve iminente é uma reação da categoria petroleira aos diversos ataques de direitos e demissões que estão correndo no Sistema Petrobrás, de norte a sul do país, em meio à aceleração do desmonte da empresa, com vendas de ativos e fechamento de unidades.

Além da insegurança imposta pela pandemia da Covid-19, com centenas de trabalhadores contaminados diante da irresponsabilidade dos gestores, que insistem em desrespeitar normas de segurança e protocolos estabelecidos por órgãos de saúde, os petroleiros também estão expostos ao risco cada vez maior de um grande acidente industrial, em função da redução drástica de efetivos. Os planos de demissão, sem reposição de vagas, vêm gerando acúmulo de função e dobras rotineiras. O problema foi agravado pela reestruturação das tabelas de turno, transformando as refinarias, terminais e plataformas em bombas relógio.

Soma-se a isso o ataque sistemático aos benefícios históricos da categoria, como a AMS e a Petros, as transferências compulsórias dos trabalhadores de unidades vendidas e fechadas, o assédio moral, o desrespeito à jornada dos petroleiros em trabalho remoto. Tudo isso é parte de um único projeto: o desmonte do Sistema Petrobrás e o redirecionamento da empresa para atender exclusivamente aos interesses do mercado e dos acionistas privados.

 

[Das Imprensas do NF e da FUP – Com Boletim Nascente]