Da Imprensa da FUP – O terceiro dia da greve nacional dos trabalhadores e das trabalhadoras do Sistema Petrobrás começou com corte na rendição do turno na Refinaria Abreu e Lima e no Terminal de Suape, em Pernambuco, onde a categoria aderiu ao movimento na manhã desta quarta-feira, 17. Com isso, todas as 9 refinarias das bases da FUP estão em greve.
Também no Norte Fluminense, a adesão à greve cresceu nas plataformas, que já somam 26 unidades da Bacia de Campos com 100% de adesão dos trabalhadores e das trabalhadoras. Até o momento já são 28 plataformas em greve nas bases da FUP.
O fortalecimento da greve também se amplia para os terminais da Transpetro, com a participação de petroleiros de 13 unidades, do Amazonas ao Rio Grande do Sul.
Atos e trancaços

A manhã desta quarta foi marcada por atos e trancaços em diversas unidades do Sistema Petrobrás que estão em greve. No Norte Fluminense, o Sindipetro realizou um ato em frente ao portão de acesso da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB), em Macaé. A mobilização teve grande participação dos trabalhadores e trabalhadoras da unidade e de lideranças sindicais.

No Rio Grande do Norte, também houve ato e trancaço na sede administrativa da Petrobrás, o EDIRN, onde os trabalhadores e trabalhadoras aderiram à greve no dia 15. Participaram da mobilização, petroleiros da base administrativa, das plataformas, da Termoaçu (UTE Vale do Açu), aposentados e prestadores de serviço.

Também em Pernambuco, o Sindipetro realizou um ato de deflagração da greve na Refinaria Abreu e Lima, com grande adesão da categoria. As lideranças sindicais frisaram a importância do movimento para pressionar a gestão da Petrobrás a avançar no processo de negociação e atender aos eixos de reivindicações deliberados pela categoria, como o fim dos PEDs e a justa distribuição da riqueza gerada pelos trabalhadores.
Denúncias de cárcere privado
Os sindicatos estão denunciando a ação ilegal de alguns gestores da Petrobrás que têm criado dificuldades para liberar os trabalhadores que aderiram à greve nas plataformas e nas refinarias. Algumas unidades concordaram em negociar com os sindicatos os efetivos das equipes de contingência. Em outras, os sindicatos tiveram que ingressar na justiça com pedidos de Habeas Corpus para retirar das unidades os grevistas retidos.
Segundo levantamento feito pela FUP, ainda há trabalhadores mantidos há mais de 60 horas na Reduc e na Regap e há quase 48h na Lubnor e na Refap, o que configura cárcere privado. Na Reduc, auditores fiscais do Ministério do Trabalho estiveram na refinaria ontem à tarde para verificar as condições de habitabilidade e de saúde dos trabalhadores retidos na refinaria. Na Regap, os trabalhadores realizam nesta manhã assembleia para deliberar sobre a proposta da refinaria para um acordo de efetivo durante a greve.

No Norte Fluminense, o Sindipetro também recebeu várias denúncias de que a gestão da Petrobrás está mantendo trabalhadores em cárcere privado em plataformas da Bacia de Campos, impedindo o desembarque de grevistas, sobretudo os tecnicos de segurança. As denúncias estão sendo feitas desde a madrugada do primeiro dia da greve petroleira, quando o Sindipetro-NF começou a receber relatos sobre as dificuldades impostas por algumas gerências de plataformas para desembarcar os grevistas.
Vigília no Edisen completa 7 dias
Enquanto a greve mobiliza as bases operacionais da FUP, aposentados e pensionistas seguem acampados em frente ao Edisen, sede da Petrobrás no Rio de Janeiro. A vigília cobra o fim dos PEDs – equacionamentos dos déficits dos planos de previdência PPSPs, um dos principais eixos de luta da campanha reivindicatória da categoria petroleira.
Com representações de vários estados do Brasil, os aposentados e pensionistas estão acampados desde o dia 11, cobrando da direção da Petrobrás apresente uma proposta que formalize o que foi negociado na Comissão Quadripartite com as entidades da categoria, os órgãos reguladores e a Petros. A vigília permacerá por tempo indeterminado até que haja um posicionamento concreto da empresa.
Dia 3: Quadro da greve nesta quarta (17/12) nas bases da FUP
Amazonas
Terminal Aquaviário de Coari – 100% de adesão dos trabalhadores da operação, da manutenção e do SMS. Unidade sob controle da equipe de contingência;
Ceará
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor) – sem troca de turno;
Termoceará – sem troca de turno;
Terminal de Macuripe – trabalhadores aderiram à greve;
Rio Grande do Norte
Usina Termelétrica do Vale do Açu (Alto do Rodrigues/RN) – trabalhadores aderiram à greve;
EDIRN – adesão de 90% dos trabalhadores da sede administrativa da Petrobrás em Natal;
SMS – médicos aderiram à greve;
Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima – trabalhadores aderiram à greve e cortaram a rendição do turno às 07h;
Terminal de Suape – trabalhadores aderiram à greve e cortaram a rendição do turno às 07h;
Bahia
Campos de produção terrestre – adesão dos trabalhadores das bases de Fazenda Bálsamo (Esplanada), de Santiago (Catu), de Taquipe (São Sebastião do Passé), de Buracica (Alagoinhas) e de Araçás;
Usina de Biodisel de Candeias (PBio) – trabalhadores aderiram à greve;
Espírito Santo
Plataformas P-58 e P-57 – trabalhadores desembarcaram, após entregarem a produção às equipes de contingência;
SMS – médicos e dentistas aderiram à greve;
Unidade de Manutenção da plataformas (UMGR e UMVT ) – fiscais aderiram a greve;
Minas Gerais
Refinaria Gabriel Passos (Regap) – sem troca de turno;
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) – sem troca de turno;
Usina de Biodisel Darcy Ribeiro (PBio/Montes Claros) – sem troca de turno;
Duque de Caxias (RJ)
Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – sem troca de turno;
Termelétrica TermoRio – sem troca turno;
Terminal de Campos Elíseos (Tecam) – sem troca turno;
Norte Fluminense (RJ)
Plataformas – 100% de adesão dos trabalhadores de 26 unidades da Bacia de Campos aderiram à greve e solicitaram desembarque: PGP-1, PRA-1, PNA-1, PNA-2, P-09, P-18, P-19, P-20, P-25, P-26, P-31, P-33, P-35, P-37, P-38, P-40, P-43, P-47, P-48, P-51, P-52, P-53, P-54, P-55, P-56 e P-62;
Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB/Macaé) – trabalhadores de turno aderiram à greve e estão em regime de sobreaviso;
Parque de Tubos e Imbetiba – adesões parciais de trabalhadores do regime administrativo;
São Paulo
Refinaria de Paulínia (Replan/Campinas) – sem troca de turno;
Transpetro Paulínia – adesão à greve e regime de Poliduto operando com contingência;
Estação de Compressão de Paulínia (TBG) – sem entrada de grupo de contingência, a unidade está parada;
Refinaria de Capuava (Recap/Mauá) – sem troca de turno;
Refinaria Henrique Lages (Revap/São José dos Campos) – sem troca de turno;
Transpetro São José dos Campos – adesão à greve;
Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar/Araucária) – sem troca de turno;
Terminal da Transpetro de Paranaguá (Tepar) – sem troca de turno;
Nesix – trabalhadores do núcleo de pesquisa da Petrobrás realizam atrasos na troca de turno e no administrativo;
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR) – atrasos nas trocas de turno;
Santa Catarina
Terminal de São Francisco do Sul – trabalhadores aderiram à greve;
Terminal de Biguaçu – trabalhadores aderiram à greve;
Terminal de Itajaí – trabalhadores aderiram à greve;
Terminal de Guaramirim – trabalhadores aderiram à greve;
Rio Grande do Sul
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap/Canoas) – sem troca de turno;
Terminal do Rio Grande (Terig) – trabalhadores aderiram à greve;
Terminal Niterói (Tenit) – trabalhadores aderiram à greve.











