A greve dos petroleiros alcançou 100% de adesão nas plataformas da Bacia de Campos, consolidando um dos mais fortes movimentos de paralisação da categoria nos últimos anos. A totalidade das unidades marítimas da região está em greve, evidenciando a unidade, a organização e a disposição de luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás.
Estão em greve as seguintes plataformas da Bacia de Campos: PGP-1, PRA-1, PNA-1, PNA-2, P-09, P-18, P-19, P-20, P-25, P-26, P-31, P-33, P-35, P-37, P-38, P-40, P-43, P-47, P-48, P-51, P-52, P-53, P-54, P-55, P-56 e P-62.
A paralisação é resultado da insatisfação da categoria diante da postura da gestão da Petrobrás, que vem adotando medidas unilaterais, desrespeitando o processo de negociação coletiva e se recusando a atender pontos centrais da pauta aprovada em assembleias pelos trabalhadores.
A mobilização está estruturada em três eixos principais. O primeiro é a luta por um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) forte, compatível com o porte e a lucratividade da Petrobrás. O segundo é o fim dos equacionamentos da Petros (PEDs), que seguem retirando renda de aposentados e pensionistas, aprofundando perdas financeiras e insegurança para milhares de famílias petroleiras. O terceiro eixo é o reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, com a suspensão imediata dos desimplantes forçados, prática considerada arbitrária e prejudicial à organização do trabalho.
O sindicato avalia que a adesão integral das plataformas da Bacia de Campos demonstra a força do movimento grevista e reforça o recado à gestão da empresa: sem respeito à negociação coletiva e sem avanços concretos nas reivindicações da categoria, a greve seguirá por tempo indeterminado.
