GREVE 2025

NF analisa liminar do TST concedida à Petrobrás e critica “criminalização” do movimento de greve

A direção do Sindipetro-NF analisa, junto à sua assessoria jurídica, a liminar concedida à Petrobrás sobre o Dissídio Coletivo e vai dar novos informes à categoria nas plenárias de hoje à tarde: em Campos dos Goytacazes, às 14h30, e em Macaé às 16h. A entidade criticou de forma preliminar, no entanto, a “criminalização” do movimento grevista, mesmo antes de ouvir os sindicatos dos trabalhadores.

“A gente tinha alertado na Assembleia de ontem. Saiu a liminar vem a favor da Petrobrás, mandando voltar com 80% do efetivo, uma multa diária de 200 mil reais e naturalmente a gente sabe o quanto a justiça é burguesa. Então, quando a gente fala e alerta sobre o risco de ir para o TST é sempre nesse sentido, de ter responsabilidade”, afirma o diretor do Sindipetro-NF Tezeu Bezerra.

O coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, informa que “a gente vai fazer uma reunião de diretoria junto com o jurídico para analisar esse conteúdo dessa liminar. E a partir da decisão do que vier ali, da análise desse conteúdo, a gente vai estar dialogando com o trabalhador para tentar construir uma nova saída. O importante é a gente agora tomar uma decisão responsável, porque a disposição de luta está clara, mas a gente também tem que ter responsabilidade com relação a tudo que acontece na campanha”.

Os diretores sindicais do NF também foram informados de que a FUP, que é atingida igualmente pela liminar concedida pelo TST, acompanha o Sindipetro-NF nos passos jurídicos que serão tomados em proteção ao direito de greve dos trabalhadores e à obtenção de conquistas no Acordo Coletivo de Trabalho.

As posições dos sindicalistas sobre a liminar foram publicadas em vídeo no perfil do Sindipetro-NF no Instagram. Confira:

 

Em matéria no side do NF, o assessor jurídico do Sindipetro-NF, Normando Rodrigues, lembrou que a entidade solicitou a mediação e está fazendo a análise da decisão liminar.

“Já pedimos a mediação e usaremos todos os recursos judiciais cabíveis, contra a decisão liminar, dada, mais uma vez, sem ouvir os trabalhadores e “criminalizando” a greve”, informa o advogado, que participará na plenária dos trabalhadores em greve, na sede de Macaé, às 16h, para dar mais orientações à categoria.