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C omunicação

Desde o final das eleições de 2014, o Brasil vive um verdadeiro
terceiro turno capitaneado pelos veículos de comunicação , que não
A crise
aceitaram o resultado das urnas









da mídia








Manuela Soares


D Para o presidente da Federação


Desde as eleições de 26 de outu-
Nacional dos Jornalistas (Fenaj),
bro, a grande mídia brasileira tem
Celso Shureder depois da reeleição
se comportado como se o P aís
da presidente Dilma e da derrota
ainda estivesse em plena campa-
nha eleitoral. A impressão de
sindicalistas, estudiosos e jornalis-
Neves, a cobertura da política e
tas é de que a imprensa privada, do candidato da oposição, Aécio
econômica de grande parte da
representada mais expressivamen- mídia brasileira assumiu clara-
te pelas organizações Globo, o mente um corte partidário, aban-
grupo Folha e a revista V eja, donando os princípios básicos do
promove um verdadeiro terceiro jornalismo. Para ele, em especial,
turno, não aceitando o resultado a revista Veja e a Rede Globo se
das urnas e a reeleição da mantem como panfletos eleitorais,
presidenta Dilma Rousseff. com um noticiário alarmista,
A estrutura da comunicação
comercial no Brasil é oligopolizada,
o que permite que os poucos
grupos midiáticos em atividade
forneçam ao público uma informa-
ção parcial, sem nenhum compro-
misso com a diversidade de fontes
e opinião na apresentação dos
fatos. Essa postura oposicionista
impostas pelos grupos econômicos
insatisfeitos com a derrota do
projeto liberal tucano, pode
desestabilizar um governo demo-
craticamente eleito e comprometer Para o Presidente da FENAJ, Celso
Schroeder, a cobertura política após as
as políticas sociais em curso. eleições assumiu um corte partidário

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