Petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense estão mantendo, neste sábado, sexto dia da greve nacional petroleira, a rotina de atividades intensas nos aeroportos. Em Macaé, a militância recebeu com entusiasmo os petroleiros da plataforma PRA-1 e dois técnicos de segurança da P-47 que vinham sendo mantidos nas unidades mesmo após terem aderido ao movimento e formalizado o pedido de desembarque.
A atitude, que tem sido apontada pelas direções sindicais como análogas ao cárcere privado, tem sido fortemente combatida e denunciada, e será um dos assuntos que o Sindipetro-NF vai tratar com a Superintendência Regional do Trabalho, em reunião marcada para esta segunda-feira (22), às 10h.
Os trabalhadores estão aderindo à orientação do sindicato de permanecerem na região, juntando-se à militância, com atividades nas sedes da entidade em Campos dos Goytacazes e em Macaé. O sindicato arca com todos os custos de hospedagem, alimentação e transporte dos grevistas.
A adesão à greve nas plataformas da Bacia de Campos se mantém em 100% das unidades operadas pela Petrobrás: PGP-1, PRA-1, PNA-1, PNA-2, P-09, P-18, P-19, P-20, P-25, P-26, P-31, P-33, P-35, P-37, P-38, P-40, P-43, P-47, P-48, P-51, P-52, P-53, P-54, P-55, P-56 e P-62.
A adesão também é forte na Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB/Macaé), com o corte de rendição. Nas bases administrativas do Parque de Tubos e de Imbetiba a adesão é parcial, com engajamento de grupos e ou petroleiros isolados em seus setores [como explica aqui o diretor Anderson Silva].
Ver essa foto no Instagram
Um post compartilhado por Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (@sindipetronf)
Em avaliação do movimento de greve, o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, informa que a categoria tem muito fôlego para continuar o movimento, e que relatos extra-oficiais são conta de que a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, tem recebido questionamentos do governo federal sobre a falta de resolutividade da greve.
“Interlocutores de Brasília passaram a procurar a presidente da companhia, Magda Chambriard, questionando “o que está acontecendo na empresa e até onde essa greve vai”, diante da forte adesão e da ampla repercussão do movimento”, informa matéria aqui.
O dia também está sendo marcado pela denúncia de que gerentes estão pressionando grevistas a voltarem ao trabalho para “recompor” equipes de contigência, o que é vetado pela Lei de Greve [veja aqui].













