O Sindipetro-NF manifesta o seu veemente repúdio ao ataque machista sofrido pela companheira Cibele Vieira, diretora do Sindipetro Unificado São Paulo e da FUP. Áudio de um petroleiro, que circulou por grupos de whatsapp, fez referências misóginas à sindicalista, em completo desacordo com o respeito e a solidariedade esperado de um militante da classe trabalhadora.
“Não aceitamos nenhum tipo de discriminação dentro da luta sindical. Temos combatido isso. É inadmissível e a companheira Cibele tem a nossa total solidariedade”, afirma o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges.
Diretora do Sindipetro-NF e do Coletivo de Mulheres Petroleiras, Bárbara Bezerra, alerta que a categoria petroleira deve estar em atenção permanente contra o machismo, não permitindo que ele seja naturalizado.
“A categoria petroleira, majoritariamente masculina, não está imune ao machismo estrutural. Ao contrário, ele se manifesta de forma ainda mais agravada. Por isso, é fundamental que estejamos permanentemente atentas a qualquer desrespeito dirigido às companheiras e que toda violência seja denunciada, como a que a companheira Cibele sofreu nesta terça-feira, 23/12”, afirma Bárbara.
O Sindipetro-NF se une à FUP neste repúdio, endossando a nota publicada pela Federação sobre o caso:
NOTA DE DENÚNCIA E REPÚDIO
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) denuncia e repudia os ataques misóginos dirigidos à Cibele Vieira, diretora da FUP e ex-coordenadora do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), que têm como alvo sua aparência e a forma como se veste.
Esse tipo de ataque não é um fato isolado. Trata-se de uma expressão clara do machismo estrutural, que historicamente tenta deslegitimar mulheres que ocupam espaços de direção, liderança e enfrentamento político, deslocando o debate do conteúdo de suas ideias para a objetificação do corpo e da imagem das mulheres, numa tentativa de reduzir sua atuação política a padrões estéticos e de controle sobre seus corpos.
Quando os argumentos se esgotam, surgem os ataques. É inaceitável que, em meio a tantas lutas urgentes, ainda seja necessário gastar energia para enfrentar práticas misóginas.
É inaceitável que, em pleno século XXI, mulheres sigam sendo constrangidas, expostas e atacadas por exercerem seu papel político e sindical com autonomia, competência e coragem. O ataque à Cibele não é apenas um ataque individual, é uma tentativa de intimidar mulheres e reforçar desigualdades de gênero nos espaços de poder.
A FUP reafirma sua solidariedade à companheira Cibele Vieira e reforça seu compromisso com o enfrentamento permanente ao machismo, ao sexismo e a todas as formas de opressão. Seguiremos na luta por um movimento sindical e por uma sociedade onde mulheres e homens sejam respeitados em sua dignidade, sem discriminações, violências ou privilégios.
Machismo não nos silencia. Nos organiza e nos fortalece.
Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2025
Federação Única dos Petroleiros/FUP
Diretores da entidade também têm se posicionado, em suas falas nas bases e em redes sociais, condenando o ataque, como fez o diretor Tezeu Bezerra, em post em seu perfil no Instagram:











