Petroleiros e petroleiras em greve se concentraram, no início desta manhã, no portão da base de Cabiúnas, em Macaé, para a realização de um novo ato que integra a mobilização nacional da categoria, iniciada à 0h da última segunda-feira (15) com duração indeterminada.
Os trabalhadores da unidade participam da greve por meio do corte de rendição, que é quando os grupos param de ser substituídos. No Norte Fluminense, também estão em greve 22 plataformas e segmentos das bases administrativas de Imbetiba e do Parque de Tubos.
O coordenador do Departamento de Comunicação do Sindipetro-NF, Johnny Souza, relata, em vídeo, como está o início do movimento. “Uma greve já histórica, terceiro dia de greve. Todos os trabalhadores aqui parados, ouvindo o sindicato, um ato pacífico acontecendo aqui nessa base”, afirma o sindicalista.
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Os petroleiros reivindicam avanços no Acordo Coletivo de Trabalho, após as entidades representativas da categoria terem recusado, em mesa de negociação, uma segunda contraproposta da Petrobrás que não atende aos pleitos da Pauta de Reivindicações.
Os trabalhadores também querem uma solução definitiva para o problema dos equacionamentos na Petros, que têm promovido descontos elevados nos rendimentos dos aposentados e pensionistas da empresa. Além disso, a categoria também reivindica o atendimento à Pauta pelo Brasil Soberano, com suspensão das privatizações e reposicionamento da Petrobrás como empresa pública forte.
O coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, parabenizou a categoria e afirmou que “é assim que a gente mostra a nossa força, é assim que a gente fala para a Petrobrás que não vamos aceitar os ataques aos trabalhadores e vamos lutar por melhores condições de trabalho”, reforçando as reivindicações baseadas em três eixos: Solução definitiva para os problemas dos PEDs (que afetam aposentados); Distribuição da riqueza da Petrobras através de um ACT justo, sem austeridade e com planos de cargos e salários isonômicos; e atendimento à Pauta Petrobras pelo Brasil (manter como estatal, investir no país e reabrir fábricas).
Borges também destacou que a Bacia de Campos atingiu a adesão de 100% das plataformas operadas pela Petrobrás. “Ontem, companheiros, no final do dia, nós tivemos um informe que deixou essa diretoria do Sindipetro-NF muito feliz. O da adesão massiva dos trabalhadores de terra dos turnos aqui do Tecab, dos trabalhadores que estão nas demais bases administrativas, e que nós chegamos no segundo dia de greve a uma adesão de 100% das plataformas de petróleo aqui do norte fluminense. Todas as nossas plataformas aderiram ao movimento de greve”, comemorou.
O ato de hoje em Cabiúnas também contou com as participações do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, e do presidente da CUT-RJ, Sandro Cezar, o Sandrão, além de toda a diretoria do Sindipetro-NF, lideranças da base e petroleiros e petroleiras grevistas de outras unidades que se somaram ao movimento.
“Nós queremos agradecer, em nome da classe trabalhadora, a cada um dos vocês que estão aqui. E, de fato, essa categoria vem desde 1995, garantindo que essa empresa continue ser do Brasil, garantindo que o petróleo brasileiro pode ser explorado pelos brasileiros e brasileiras e possa servir ao povo brasileiro, e não aos interesses estrangeiros. Agora é óbvio que há insatisfação da categoria e a insatisfação está sendo manifestada, como deve ser manifestada”, afirmou o presidente da CUT.
Quadro nacional
De acordo com a FUP (Federação Única dos Petroleiros), até a noite de ontem, a greve nacional petroleira já havia atingido as adesões de 8 refinarias, 24 plataformas, 10 unidades da Transpetro, 4 termelétricas, 2 usinas de biodisel, além dos campos terrestres da Bahia, da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB) e da Estação de Compressão de Paulínia (TBG).
[Fotos: Rui Porto Filho / Para Imprensa do NF]

















